segunda-feira, 30 de junho de 2014

AMNESIA - 03.

|Ashton| 

No corredor ouviam-se alguns soluços, como se alguém estivesse a chorar e só podia ser a Violet. 

Pousei as malas o mais rápido que pude, e rapidamente me dirigi ao quarto de Violet. 
Pensei em antes de entrar a bater a porta, mas assim ela provavelmente não me iria abri-la, então tomei a iniciativa de rodar a maçaneta e rodei a mesma lentamente, entrando de seguida. 
O seu quarto estava completamente diferente, e no fundo do mesmo sentada na cama estava Violet, abraçada aos seus joelhos enquanto chorava. 

Sentia-me tão mal por tudo, vê-la assim partia o meu coração e ficava pior se eu pensasse que o mais provável é que ela tenha passado por isto tudo sozinha. 

"Violet?" Murmurei baixinho, fechando a porta atrás de mim. 

Ela levantou a cabeça, estava com os olhos bastante vermelhos e as suas bochechas estavam molhadas devido as lágrimas. Ela levantou-se rapidamente e ajeitou o seu vestido delicadamente. 

"Sai daqui." Pediu num tom autoritário. Mas eu não saia daquele quarto nem que o mundo estivesse prestes a acabar. 

"Não.." Tentei responder-lhe no mesmo tom, mas acabou por parecer uma pergunta. "Eu sei que me odeias Violet. Eu sei que nem sequer me consegues ver a frente e que não queres que esteja aqui, mas sabes que mais? Eu também me odeio, odeio-me pelo que fiz. Pelo que te fiz, e pelo que nos fiz, a nós, odeio-me por te ter deixado assim tão indefesa. Achas que não pensei em voltar? Achas que não me custou deixar-te, principalmente deixar a rapariga que eu amo? Se pensas assim Violet, eu digo-te que estás completamente errada. Achas que não pensei um segundo em ti? Achas que consegui ser feliz sem ti? Sabes porque é que não fiquei aqui? " Desabei assim que as lágrimas ameaçavam cair, tentei não chorar mas era tarde demais. 

Violet parecia chocada com o que lhe dissera, na sua boca estava perfeitamente estampado um "O". 

"Diz-me Ashton, porque que foste embora?" Violet falou olhando-me enquanto limpava a sua cara com a manga do seu casaco. 

"Eu não fui forte o suficiente para ver a rapariga que eu amava não se lembrar de nada, principalmente não se lembrar de mim. Então achei que ir-me embora seria melhor. Sinto-me um merdas pelo que te fiz Violet. Mas porra eu Amo-te." Respondi-lhe calmamente deixando escapar uma lágrima. 

"E esperar que agora fique tudo bem Ashton? Tu sabes o que passei? Eu fiquei sozinha, tu abandonaste-me e não se abandonam as pessoas que amamos Ashton.." Violet falou rapidamente. " Sabes como foi quando me lembrei realmente de ti? Quando me lembrei da primeira vez que falamos, da primeira vez que me beijas-te da primeira vez que saímos juntos, da primeira vez que dormimos juntos? Sabes o vazio que senti sem ti, sem o teu amor Ashton? Sabes o quão doloroso foi não ter o teu amor, principalmente ter de lidar com tantas memórias sozinha, eu queria-te a ti e só a ti e tu não estavas aqui para mim quando eu mais precisei. " Violet falava quase gritando comigo, cada palavra que ela dizia atingia o meu coração fazendo-me chorar ainda mais. 

"Foda-se eu sei Violet, eu sei porra!" Achas que estava feliz, tu achas mesmo que fui feliz nestes últimos três anos? Tu sofreste e eu sei que sim sei que sofreste muito mais que eu, mas eu também sofri.." Violet observava-me atentamente enquanto falava. "Eu amo-te tanto que mal soube que vinha outra vez para Londres eu fiz logo as malas e a única coisa que eu pensava era em ti, em nós e em como tu estavas e eu só pensava em voltar para ti, voltar a sentir-te nos meus braços e principalmente voltar a proteger-te. Dá-me só mais esta oportunidade para mostrar que consigo resolver as coisas, eu ainda sou o mesmo Ashton que tu conheces-te." 

Violet deu uma gargalhada fria e irónica e dirigiu-se a porta. "Okay Ashton não sais tu saio eu não há problema. " 

|Violet| 

Fugi, literalmente, do meu quarto. Dirigi-me até a casa de banho e sentei-me no tampo da sanita. Olhei para cima e assustei-me, estava pálida e os meus olhos estavam vermelhos e inchados. 
As palavras dele continuavam a ecoar na minha cabeça. 

«Amo-te tanto.» 

Ele tinha um poder sobre mim inexplicável, ele já me fez a rapariga mais feliz do mundo. 
E num momento de emoção quase acreditei nas suas palavras, mas depois lembrei-me da maneira que ele me fez sentir. Ele não passa de um falso e eu tento convencer-me disso. 

Lavei a cara, retirando a minha maquilhagem e amarei o cabelo, tentei fazer o meu melhor sorriso e prometi a mim mesma que não voltaria a chorar por ele, eu precisava se voltar a seu feliz de uma vez por todas.  

Quando voltei ao meu quarto, Ashton ainda estava lá a observar a nova decoração do meu quarto. 

"Podes sair?" Perguntei séria. Ele estava sentado na minha cama o que me fez lembrar do velhos tempos com alguma dificuldade. 

"Dá-me um minuto Violet e eu juro que saio." Ashton pediu, com uma voz realmente chorosa, nunca o tinha visto assim antes. 

Confirmei sentando-me do outro lado da cama, deixando-nos assim frente a frente. 

"Eu aceitei vir para tua casa durante duas semanas, sabendo que tu não me querias aqui e que provavelmente me odiavas. Eu aceitei porque queria mudar a nossa relação, porque queria compensar-te! Eu sabia que não me ias perdoar assim tão facilmente, mas eu estou aqui e eu quero tentar. Eu só te peço uma coisa Violet: nunca duvides do que sinto por ti, estando aqui ou do outro lado do mundo eu vou sempre amar-te. Queiras ou não, eu vou sempre olhar para ti como a minha menina. Quero que sejas muito feliz Violet e quero manter uma relação normal contigo. 
Não te peço mais." Ashton disse abandonado o quarto assim que saiu. 

Suspirei encolhendo-me na minha cama, abracei uma das minhas almofadas pensando realmente nas suas palavras. 
Pareciam tão verdadeiras, tão sentidas, eu só queria dizer-lhe que o amava e voltar para os seus braços e nunca mais sair de lá, mas infelizmente eu não posso fazer isso. 


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Digam olá a minha insónia ahahahaha, mas que triste este capítulo!!! Espero que gostem e não se esqueçam de votar, comentar e adicionar. 
Beijinhos. 

- shakespeariana



AMNESIA - 02.

|Three Years Later| 

O inverno era demasiado rigoroso em Londres, parecia uma arca congeladora. Mas era perfeito, era maravilhoso ver os flocos de neve caírem tão delicadamente do céu. 

O inverno é deveras a minha estação favorita. 

"Mas tu estás a ouvir-me Violet?" Anne, a minha irmã mais velha perguntou vendo-me distraída. 

"Não desculpa, podes recomeçar?" Perguntei-lhe docemente. 

"Eu já disse muita coisa, vou só dizer-te o mais importante! O Ashton vem aqui passar as férias de Natal." Falou demasiado animada. 

Não conseguia entender o porque da minha família continuar a trata-lo como se ele fosse desta família, afinal ele deixou-me ele abandonou-me quando as coisas ficaram complicadas. Eu precisava tanto dele naquela altura, precisava do amor dele, do carinho dele, do toque dele, eu precisava dele, do Ashton e ele não estava lá para mim. 

Ele partiu no voo mais próximo que consegui, e eu não entendo como é que ele consegue dormir a noite depois do que fez. Depois do meu acidente ele deixou-me e essa atitude só mostra que ele nunca me amou o suficiente. 

"Eu vou passar as férias a casa dos avós Anne." Informei-a levantando-me da minha cama. 

"Não vais, simplesmente eu não vou deixar que isso aconteça. O amor que vocês tinham não morreu e eu sei isso porque todas as vezes que se fala nele os teus olhos ainda brilham. " Anne falou levantando-se também impedindo-me de sair do meu quarto. 

"Ele deixou-me Anne, só eu sei o que sofri sem ele! Só eu sei o que me custou quando ele não estava lá para me abraçar, só eu sei como foi lembrar-me de tudo e não o ter aqui." Encarei Anne, limpando algumas lágrimas com a manga da minha camisa. 

"Nunca me deixas-te a mim nem aos pais contar-te os motivos dele, ele não te abandonou Violet.." Interrompi-a, estava farta de ouvir as desculpas dele. 

"Parem de o desculpar, o que ele fez não tem perdão possível! Eu odeio o Ashton pelo que ele me fez.." 

"Vais te arrepender do que dizes Violet, eu sei que sim." Sorriu amavelmente " O vosso amor era tão lindo tão puro, não podia ter acabado assim.. "

"Para de ser assim tão romântica, já se passaram três anos." 

Deixei Anne sozinha no meu quarto e caminhei até a cozinha onde se encontrava a minha mãe em volta dos tachos a cozinhar. 

"Posso saber qual é a ideia do Ashton vir para aqui? Especialmente duas semanas incluindo o Natal?" Perguntei a minha mãe, literalmente gritando com ela. 

"Violet! Tu sabes que ele não tem onde ficar aqui em Londres, e eu não podia fazer isso com a mãe dele, sendo ela a minha melhor amiga. " 

"Bom, não esperem que o receba bem então." Avisei-a virando costas. 

[...] 

|Ashton| 

Assim que entramos na casa de Violet, Rose chamou-os docemente. Anne a irmã mais velha de Violet desceu as escadas com o seu pai George, estiquei-me um pouco mas não vi Violet no topo das escadas o que me fez deprimir um pouco. 

"Violet, chega aqui!" Rose chamou-a alto o suficiente para a mesma ouvir. 

Violet rapidamente apareceu no cimo das escadas, usava um vestido preto com pequenas rosas vermelhas e umas botas vermelho vinho, o seu cabelo estava mais comprido e os seus olhos azuis mais brilhantes. 

Assim que o nosso olhar se cursou senti-me um completo idiota por a ter abandonada, eu abandonei a rapariga que amo quando ela mais precisou de mim, eu não passo de um merdas pelo que lhe fiz e com certeza ela não me vai perdoar e bem... Tem os seus motivos. 

"Querida não cumprimentas o Ashton?" 

|Violet| 

A minha mãe perguntou enquanto descia as escadas, deixando-me completamente atrapalhada. 
Ou fim de três anos, estava ali Ashton na minha frente a um metro de mim. Os seus olhos esverdeados continuavam iguais, e lá no fundo conseguia ver o doce rapaz que amava, e ainda amo infelizmente. 

O meu interior gritava para que o abraçasse e o lhe dissesse que senti a sua falta como fazia antes do acidente por estas alturas festivas. 
Ele acabou por fazer um sorriso torto mostrando as suas delicadas covinhas, mas eu continuei com uma expressão fria. 

"Vou para o meu quarto.." Falei subindo as escadas que acabara de descer, a velocidade da luz. 

|Ashton

Assim que Rose perguntou a Violet se não me iria cumprimentar, o seu olhar ficou perdido no meu, os seus olhos carregavam uma tristeza enorme fazendo-me sentir tão culpado por tal. 

"Ash meu querido, deves estar a precisar de descansar. Não queres dormir um pouco?" Rose perguntou docemente. 

"Sim, obrigada Rose. Vou levar as minha malas para o quarto de hospedes." 

Enquanto subia as escadas,rapidamente me lembrava das memórias que tinha com Violet nesta casa, eram tantas.. Será que ela se lembra de todas? 

Voltar a ter o seu amor ia ser complicado, mas eu não ia desistir dela.



quinta-feira, 26 de junho de 2014

t h i r d - Luke's Shoulder

"Alguém aqui acordou muito bem disposta hoje." Ashton comentou enquanto devorava, literalmente, o seu pequeno almoço. 

"Vinguei-me do Luke hoje de manhã, queres mais algum motivo?" Falei depois de engolir um pequeno pedaço da minha sandes. 

"Espera, Luke? Luke Hemmings?" Ashton questionou arqueando uma das suas sobrancelhas. 

"Sim.. Conhecem-se?" Perguntei-lhe desconfiada. 

"Oh meu deus.. Então tu és a Safira que ele tanto fala.. Agora tudo faz sentido como é que eu nunca entendi isso." Ashton disse como se tivesse acabado de descobrir a cura do cancro. 

" Ele fala de mim, o quê que ele diz de mim?" 

"O mesmo que tu me dizes dele." Ashton respondeu rindo. 

Assim que acabei de tomar o meu pequeno almoço, Ashton disse para eu ficar com ele. Aceitei, não queria passar os dias sempre sozinha. 
Encontrámos Michael perto do lago, do seu lado encontrava-se Luke conseguia distinguir aquela criatura loira falsa a distância. 

"Temos mesmo de ir para lá?" Pedi na tentativa de o convencer a dar meia volta e ir para outro lado. 

Ashton ignorou a minha pergunta, e quando eu reparei já estávamos lá sentados perto do lago a conversar sobre coisas que não lembravam ao menino Jesus. 

"Tira essas trombas Perry." Luke ironizou despenteado o meu cabelo. 

"Deixa-me em paz idiota." Respondi-lhe no mesmo tom, oferecendo-lhe uma forte chapada no braço. 

"Não devias ter feito isso deficiente mental!" Luke ameaçou levantando-se. 

"Não porque? Vais-me me bater é?" Desafiei-o vendo a sua reação. 

Luke pegou em mim como se fosse um saco de batatas, colocando-me no seu ombro. Corri-a comigo em direção ao lago, tentei para-lo debatendo-me mas ele tinha o dobro da minha força e num piscar de olhos encontrava-me completamente encharcada. As pessoas a nossa volta, tinham os olhos fixos em nós comentando a nossa figura. Luke ria como se tivessem acabado de lhe contar a melhor piada do mundo. 

Ele queria jogar sujo? Então eu também me sei vingar, quando o mesmo olhou para mim fingi que me estava a afogar fazendo com que Luke se aproxima-se pegando de novo em mim. Assim que o mesmo ficou completamente aflito, ri-me na cara dele fazendo com que ele me largasse. 

"Devias ter visto a tua cara de parvo." Informei-o saindo da água, Luke imitou a minha ação saindo também. 

"Não teve piada atrasada mental." Luke respondeu-me ajeitando o cabelo. 

Caminhei de volta até a cabana para trocar de roupa, algo mais confortável para voltar para a beira de Ashton e de Michael. Optei por umas leggings pretas e uma t-shirt dos Nirvana, amarrei o cabelo deixando-o molhado. 

Quando ia sair Luke entrou, fazendo com que a porta bate-se na minha cara arrebentando o meu lábio inferior. Amaldiçoei-o eternamente por tal, recuei um pouco devido a dor aguda que estava a sentir. Luke colocou as suas mãos nos meus ombros puxando-me para mais perto dele. 

"Afasta-te de mim Luke!" Empurrei-o passando a mão pelo lábio, retirando o pouco de sangue que caia. 

"Só te queria ajudar Safira, posso não gostar de ti mas isso não significa que te queira magoar. " Luke disse aproximando-se de mim novamente, desisti visto que ele não iria desistir e eu não queria discutir com ele. "Agora deixa-me tratar disso." 

Luke levou-me até a casa de banho, pedindo que me senta-se no lavatório, revirei os olhos e assim o fiz.
Quando o pequeno pedaço de algodão com álcool entrou em contacto com a minha pele, fechei os olhos gemendo de dor. 
Assim que Luke terminou, voltei para o pequeno quarto, deitando-me na minha cama. 

"Um obrigada ficava bem azulinha." Falou Luke sentando-se na sua cama, olhando-me. 

" Obrigada loira falsa. " Virei-me para o mesmo revirando os olhos. 

|Next Day| 

Acordei ao som do meu toque de telemóvel, ainda de olhos fechados procurei o maldito objecto que me fez acordar tão cedo. 
Quando vi escrito "Mãe" no visor atendi de imediato, iria pedir-lhe para voltar para casa. 

"Como te estás a portar Safira?" A mulher que chamo de mãe perguntou. 

"Dentro dos possíveis, mãe tenho mesmo de ficar aqui?" 

"Claro que sim Safira, faz um esforço já te disse que desta fez não te vou perdoar, se arranjares problemas vais direitinha para o reformatório. " 

" Mas mãe, eu estou a dividir a cabana com o Luke e..."

"Não existe e, nem menos e, ficas com o Luke e portas-te bem já chega de birras infantis Safira Springsteen estou farta de te ouvir a queixar de tudo, olha eu tenho uma reunião importante depois falamos. " Falou bastante irritada, quase gritando. 

" Só trabalho importa para ti, mas por a tua filha aqui no meio do nada na boa fé de ela melhorar já não é importante! Porra olha esquece, vai lá para a porra da reunião e esquece que eu existo. Eu odeio-te!" Desliguei a chamada, atirando o telemóvel contra a parede contendo as teimosas lágrimas. 

Sentei-me na cama, deitando a minha cabeça sobre os meus joelhos, deixando as lágrimas caírem.
Abafei o meu próprio choro para não acordar Luke, porque tudo o que eu não queria era as suas perguntas e a sua ironia, mas num espaço tão pequeno era impossível Luke não acordar com o meu choro por muito que o abafasse e quando dei por mim já era tarde demais e ele estava sentado do meu lado. 

"Safira?" Luke chamou por mim colocando uma das suas mãos quentes no meu ombro frio. 

"Deixa-me em paz Luke, tudo o que eu não quero agora é aturar-te!" Retirei a sua mão do meu ombro de uma maneira brusca, levantando-me de seguida. 

"O que se passou Safira? Porque que estás a chorar?" Caminhou até mim, fechando a porta da casa de banho atrás de si. 

"Vai-te embora por favor, deixa-me sozinha." Pedi-lhe encarando-o pelo espelho. 

Um dos motivos de o porque de não gosta de Luke talvez seja que ele me conheça melhor que ninguém, as nossas mães são melhores amigas então por muito que o queira evitar ele está lá sempre para me irritar. 
Só ele sabia sobre a minha má relação com a minha mãe e o porque dela ser assim. A minha mãe tornou-se fria e obcecada com o trabalho desde que o meu pai nos abandonou a três anos, ele partiu-lhe o coração e ela não consegui superar isso então descarregava em mim. 

"Então Perry anda cá não chores." Luke riu puxando-me para um abraço, debati-me nos seus braços mas acabei por aceitar e abraça-lo de volta. 

"Obrigada Luke." Suspirei aconchegando-me dos seus braços acabando mesmo por deitar a cabeça no seu peito. Sabia que mais tarde iria arrepender-me profundamente disto.



quarta-feira, 25 de junho de 2014

s e c o n d - Fake Blonde

O Sol estava a dar comigo em doida, estava demasiado calor e já estava farta de andar e ver adolescentes a comerem-se, literalmente, pelos cantos. Quem me dera estar em minha casa onde podia ter um ar condicionado e internet, mas invés disso tenho de estar aqui no meio do mato com animais e montes de bichos e para piorar ainda tenho de partilhar a cabana com um loiro falso e chato. 

Depois de algum tempo ouvi alguém chamar o meu nome, rodei a minha cabeça em direção ao som para ver quem me chamava. 

Ashton e mais um rapaz com o cabelo colorido estava com ele, caminharam até mim. 

" Olá Safira. " Falou sentando-se do meu lado. " Este é o Michael o meu melhor amigo. " 

" Olá Micheal. " Sorri-lhe pouco interessada. 

Numa analise bastante detalhada e discreta pode observar que Micheal era um bom amigo, pelo menos parecia. O seu cabelo rosa era engraçado e o seu gosto era bastante interessante. 
Já que eu tinha de passar aqui três meses, ao menos que seja ao lado de pessoas interessantes. 

" Então e tu azulinha, que fazes aqui?" Perguntou Micheal brincando com uma mexa do meu cabelo. 

"Podemos dizer que depois da merda que fiz na escola a minha mãe deu-me duas escolhas: O acampamento ou o Reformatório." Disse-lhes enquanto eles se riam de tal. 

"Então boa sorte para não arranjares problemas este verão." Disse Ashton num tom amigável. 

"Bem acho que isso não vai ser possível, visto o meu parceiro é um otario." 

A minha tarde foi reduzida a contar  e a ouvir histórias vergonhosas e engraçadas sobre a infância de Micheal e Ashton. Quando anoiteceu caminhei lentamente até a minha cabana, planeado o que iria fazer a Luke. 

Mal entrei ignorei as suas bocas engraçadas e peguei numa roupa fresca fechando-me a chave na casa de banho. Lavei a minha cara e amarrei o meu cabelo, só queria saber como iria aguentar a minha tinta durante estes três meses. 

Depois de tratar da minha higiene pessoal sai do pequeno cubículo, chamado casa de banho por pessoas normais. 

"Então Gatinha, como correu o teu dia? Já tratas-te de falar com os sete anões?" O loiro falso, Luke falou ironizando a minha altura. A verdade era que eu era baixa mas não tanto como ele diz. 

Atirei-lhe a primeira coisa que apanhei, um par de vans brancos, a cara. Vendo-o de seguida a atira-lo de volta. 

"Não perdes pela demora loiro falso" Avisei-o atirando a minha sapatilha para o chão. 

" Loiro falso? E esse cabelo azul que mais parece o Perry é o que natural por acaso?" Luke falou tentando não rir, tentando parecer serio. 

[ https://31.media.tumblr.com/28bd5da2ec0ebd9142285a5518c6746a/tumblr_n7ob9hrSOQ1t0d1w2o1_250.gif  ] 

Nota mental: Arranjar tinta azul e espalhar pelas suas coisas, ou ainda melhor pintar o seu de azul. 

"O meu cabelo azul pode não ser verdadeiro mas é muito mais bonito que esse monte de palha que tens nos cornos."  Respondi-lhe enquanto me deitava. 

|Next Day|

O meu despertador para cinco da manhã tinha acabado de tocar, desliguei-o rapidamente para não fazer muito barulho, não queria que a minha vítima acordasse a meio do crime como é lógico. 

Peguei nas primeiras peças de roupa que apanhei e corri para a casa de banho, depois de me vestir peguei num dos frascos e deitei fora o que tinha dentro, colocando água gelada de seguida. 

[ http://media-cache-ak0.pinimg.com/736x/25/81/29/2581297b327d3af4536955194c8a3cbd.jpg ] 

Voltei para o quarto vendo Luke a dormir calmamente, coitado mal sabe o que lhe espera. Isto é só uma pequena amostra do que ainda está para vir, sei que se lhe virar a água ele também me iria fazer algo, mas vamos ser verdadeiros as minhas vinganças são muito melhores e originais que as dele. 

Rapidamente virei o conteúdo do frasco nele, vendo-o acordar um pouco assustado e irritado. 

"Bom dia loira." Caminhei até a minha cama sentando-me calmamente sobre ela. Luke levantou-se ajeitando o seu cabelo murmurando algo no espelho da casa de banho.

Levantei-me e segui-o encostando-me no seu ombro, de facto irrita-lo é um dos meus hobbies favoritos. 

"Então bela adormecida, acordas-te mal disposta foi?" 

"Tu estás tão lixada, mas tão lixada.." Luke ameaçou enquanto eu saia da cabana ignorando-o. 

Não houve maneira melhor de começar o dia de facto, avistei Ashton sentando numa das mesas sozinho, depois de ir buscar o meu pequeno almoço sentei-me a seu lado assustando-o. 

"Que susto porra!" Disse Ashton rindo da situação, fazendo-me rir ainda mais devido ao seu riso. 

"Devias ter visto a tua cara Ash, parecia que tinhas visto um fantasma!" Informei-o rindo demasiado alto. 

"Com essa cor de pele tão branca enganas bem Safira." Gozou ele apontando para a minha pele. 

"Cala-te imitação falhada do Axl Rose." 

 


terça-feira, 24 de junho de 2014

f i r s t - What The Hell ??

A voz irritante da minha mãe fez-se ouvir pela casa inteira, e duvido que Sydney não a tenha ouvido. 

"Levanta-te Safira, não podemos chegar atrasadas." 

Ignorei a sua voz e tentei fazer as coisas rapidamente pois não a queria ouvir novamente a queixar-se de tudo e mais alguma coisa, prometi que este verão me iria comportar e que não iria arranjar mais nenhum problema, caso contrário o reformatório esperava-me. 

Escolhi a roupa mais intimidadora e preta que tinha no armário, depois disso peguei nas minhas duas malas e encontrei a minha mãe no carro já impaciente. 

" Podias fazer um esforço para melhorares Safira, eu não quero por-te num acampamento longe de tudo durante três meses mas não me das mais soluções. " A mulher loira falou com um leve tom de dor na voz. 

Credo, aquilo dito por ela soava muito pior do que deveria ser. Eu não queria ir para o meio do mato definitivamente, mas não tinha muitas mais escolhas. 

" Vamos, não quero chegar atrasada ao meu novo e temporário lar. " Tentei ironizar a situação. 

A viagem decorreu da melhor maneira possível, silenciosamente. Era melhor não haver muitos diálogos pois iriam acabar todos em discussões. Não que me desse mal com a minha mãe, apenas gosto de dizer que tempos personalidades bastantes diferentes e não ligam lá muito bem. 

Assim que avistei a placa " SYDNEY CAMP " gemi contra o meu banco, haviam vários jovens lá e bastantes cabanas, onde iríamos dormir o lado bom é que não tinha de dormir numa tenda. 

" Esqueci-me de te dizer filha, mas as cabanas são mistas" Falou com um falso sorriso estampado no seu rosto 

Será que este dia pode ficar ainda pior? Quer dizer, além de ter de ficar no meio do monte numa cabana cheia de bichos ainda a tenho de partilhar com um rapaz que provavelmente vai tentar ter relações sexuais comigo. 

Sai do carro, ou melhor a minha mãe arrancou-me do carro e deu-me as malas. O vento que fazia fez com que o meu cabelo azul escuro ficasse todo na minha cara, afastei-o com as mãos enquanto procurava a minha cabana, 166. 

Rapidamente falhei na minha missão, quando alguém veio contra mim. Provavelmente algum rapaz com as hormonas aos saltos que deixou algo por acabar, se é que me faço entender. 

Olhei por cima dos meus óculos vendo um rapaz com uma bandana na testa na tentativa de tirar as suas repas da frente dos olhos e uma camisola dos KISS um pouco rota. 

"Desculpa eu estava a tentar encontrar a minha cabana. Sou o Ashton." Falou estendendo a sua mão, para me ajudar a levantar, decidi aceitar pela sua camisola. 

"Safira." Apresentei-me sorrindo, afinal eu tinha um promessa para cumprir. 

"Gostei do teu cabelo Safira. Vemos-nos por ai." 

Depois de uma pesquisa bastante detalhada encontrei a minha cabana, pousei as malas e destranquei a porta, abrindo-a de seguida, pegando nas malas de seguida pondo-as dentro da tal cabana. 

"Fodasse, porque que vocês são tão pesadas!" Resmunguei com as malas assim que entrei. 

Olhei em redor vendo duas camas, e quem eu menos queria ver sentado numa delas. 
Luke Hemmings, a criatura que diabo enviou para a terra para me fazer acreditar e talvez converter-me ao cristianismo. A pessoa mais irritante a face da terra, odeio-o e só de o ver fico com vontade de vomitar. Neste momento só me apetece voltar atrás e ir para casa. 

"Mas que raio, porque que estás aqui?" Perguntei-lhe quase gritando. 

"Gatinha assanhada tem calma, eu estou aqui em paz." Levantou-se caminhado até mim. " Tréguas?" Estendeu a sua mão, numa tentativa de paz. 

Ri-me da sua cara, um riso bastante estridente e alto. Mas não resisti em rir da sua atitude idiota. 

" Nunca Hemmings, agora afasta-te de mim." Empurrei-o nada delicadamente. 

Iria passar, 90 dias com este atrasado mental, loiro falso. Só de pensar nisso fico com vontade de me atirar ao lago que existia perto da nossa cabana, nossa que nojo eu não quero partilhar nada com ele, e afogar-me. 

Cada cama tinha uma janela de lado, então decidi subir para a mesma e abri a janela inclinando-me na mesma respirando o ar natural do lado de fora. Breves momentos depois senti uma palmada no meu rabo. Virei-me rapidamente para Luke que parecia um demente a rir. 

"Então bebe estavas literalmente pedir-me para o fazer." Falou sentando-se na minha cama. 

Num ato impulsivo coloquei as minhas mãos nos ombros deles e empurrei-o para longe da minha cama. 

"Acabas-te de assinar a tua sentença de morte Luke" Levantei-me ficando na sua frente. 

"Vais fazer o que minorca, chamar os sete anões?" 

"Espera e verás atrasado mental." 

Sai daquela cabana indo a procura de algo para me distrair, estes três meses até se podiam tornar bastantes divertidos infernizando a vida de Luke, como com certeza ele iria fazer com a minha. 

GHOSTS

Ninth Chapter - Voices

Uma pessoa pode mudar muito em dois meses? Um curto espaço de tempo, pode fazer uma pessoa mudar tanto assim? 

Farta de viver debaixo das asas de Alan decidi mudar-me para a minha própria casa no centro de Londres, fiquei com o 10º andar que tem uma vista perfeita. 

Alan e Austin, odiaram a ideia de me ver sair de casa, mas acabaram por aceitar o facto de eu querer a minha independência. 

Nestes últimos dois meses afeiçoei-me bastante a Ben, James, Cam, Sam e principalmente a Danny. Temos todos passados bons momentos aqui em casa, pois eles agora passam quase todos os dias comigo. Sinto-me bem com eles, eles acalmam-me fazem-me sentir uma pessoa normal, como já não me sentia a alguns tempos. 

Agora encontrava-me a observar as ruas de Londres, pessoas iam e vinham nas suas felizes vidas, normais. As gotas de chuva que caiam pela minha janela faziam com que eu imagina-se uma corrida na minha mente. Torcia insanamente para uma delas ganhar a corrida. 

Afinal era isso que a vida era, uma mera corrida contra o tempo para ver quem chegava primeiro aos sítios. 

Os meus pensamentos foram interrompidos pelo irritante são da campainha, levantei-me e decidi ir abrir a porta, revelando Danny um pouco molhado devido a chuva de Londres. 

Danny - Estava a ver que ia ficar do lado de fora. - Falou sentando-se num dos sofás como se estivesse em sua casa. Mas não estava. - 

- Não estás em tua casa Daniel, tira esses sapatos do meu sofá. - Falei tentando soar chateada. - 

Danny - Eu vim em paz até aqui para te vir buscar e tu tratas-me dessa maneira? 

- Vamos idiota. - Falei agarrando na sua mão puxando-o. - 

A viagem foi demasiado lenta, o transito estava caótico parecia que metade de Londres decidiu vir passear. 
Ouvi Danny desligar o motor do carro, virei-me para ele olhando-o como quem se perguntava o que raio ele pensava que estava a fazer. 

Danny - Vamos jogar às vinte perguntas. - Sentou-se de lado, igual a mim. - 

- Não. 

Danny - Onde nasceste? 

- Não vou jogar Danny. - Olhei-o rindo. - 

Danny - Nasci aqui em Londres, e tu Amy. 

- Pensilvânia. 

Danny - Onde estão os teus pais Amy? - Perguntou, a rouquidão da sua voz vez com que a pergunta fosse muito mais sentida. - 

Engoli em seco, quebrando o contacto visual com Danny, a verdade é que me aproximei demasiado dele nestes últimos tempos, mas não deixei que ele soubesse a verdade sobre tudo. Não o deixei conhecer o meu verdadeiro "eu" porque gosto demasiado dele para o ver afastar-se de mim. 

- Morreram. - Voltei a olha-lo com algumas lágrimas nos olhos, mas não deixei que estas caíssem. - 

Danny - Desculpa Amy.. - A sua mão acariciou levemente a minha face, sorri-he colocando a minha pequena e gélida mão por cima da sua. - Eu não sabia. 

_____________

« Não adiantava correr, ele iria sempre apanhar-me. O nevoeiro incapacitava-me de ver o que estava além, mas ignorando esse facto continuem a correr. Correr para salvar a minha vida. 

Até que esta me foi tirada, era o meu fim. Senti o meu corpo livre, como se estivesse finalmente a voar. 

Com alguma dificuldade abri os meus olhos, vendo um corpo na minha frente, estava no seu colo como se fosse um ser frágil. Ele chorava, como se tivesse perdido o amor da vida dele, chorava e apertava-me nos seus braços.

Ele era igual ao Danny, era Danny que me abraçava e chorava pela minha morte. 

Danny - Porque Amy? Porque que te deixas-te apanhar meu anjo... Eu amava-te tanto Amy. Eu Amo-te Alexandria. » 

Senti o meu corpo levantar violentamente, mas algo me puxou para trás abraçando-me, pelo cheiro pode reconhecer que era Danny que me puxara para os seus braços. 

Danny - Amy pronto já acabou, era só um sonho. - Falou quando finalmente me acalmei. - Eu estou aqui pequena. - Depositou um pequeno e breve beijo sobre a minha testa. - 

- Danny, eu tenho medo.. 

« Salva-te Amy, salva o meu filho. Foge com ele, vai com eles. » 

Danny - Eu estou aqui Amy, não te vou deixar. Não tens de ter medo. 

« Ele não sabe o que diz, Amy foge. »

- Danny ajuda-me... - Falei colocando uma das minhas mãos no seu peito. - Eles não param de gritar. 

Danny - Quem é que não para de gritar Amy? - Olhou-me aflito. - 

- Eles, as vozes na minha cabeça. - Num ato desesperado abracei-o como se a minha vida depende-se de estar nos seus braços. - 



quarta-feira, 11 de junho de 2014

GHOSTS

Eighth Chapter - It's All About Time.

- Amy Point Of View. - 

Senti o meu corpo ser abanado delicadamente, virei-me para o lado contrário de onde a luz vinha, dizendo que já estava acordada. 

- Já acordei pronto. - Falei sentando-me encarando Danny. - 

Danny - Que bom-humor matinal. - Riu. - Se quiseres podes tomar banho e vestir a roupa da Sam. 

- Não quero incomodar mais ninguém, nem sequer devia ter dormido aqui. - Falei, lembrando-me da última noite. - O meu irmão deve estar tão preocupado comigo.. 

Danny - Não incomodas nada Amy, é um prazer ter-te aqui. - Sorriu. - Enquanto tomas banho vou tratar de te arranjar outra roupa. 

Ia dizer-lhe que não era preciso, mas não tive tempo para lhe responder porque o mesmo saiu demasiado rápido do quarto. 

Decidi fazer o que o mesmo havia dito e tomar um duche, tranquei a porta por segurança e depois disso deixei que a água quente e relaxante limpasse o meu corpo. 

No fim envolvi uma toalha em volta do meu corpo e outra em volta do meu cabelo, destranquei a porta e sai da casa de banho, a medo. Porque afinal eu estava tecnicamente nua num quarto de um "estranho". E não era agradável, especialmente para mim, que odeio o meu corpo. 

Peguei na roupa feminina que se encontrava na beira da sua cama e a velocidade da luz, vestia. 

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Na cozinha encontravam-se eles, sorridentes e brincalhões enquanto comiam. Decidi falar, avisando que era hora de ir embora, pois Alan neste momento deveria estar mais irritado que nunca. 

Sam - Não vais sair sem antes provares a minha especialidade. 

Ben - Cereais com leite, muito complicado de fazer sem duvida. - Falou de boca cheia, rindo. - 

- Pode ficar para depois, eu tenho mesmo de voltar a casa. - Pedi, entrando em desespero. - 

Danny - Eu levo-te a casa. - Sorriu levantando-se. - E vocês já sabem, nada de fazerem merda enquanto estiver fora. - Falou olhando para eles. - 

A viagem foi calma, pequenos agradáveis diálogos sobre música e bandas, até o destino final a minha casa. 

- Obrigada pela boleia Danny. - Sorri assim que parou o carro em frente ao prédio. - 

Danny - Não tens de que. - Sorriu enquanto beijava a minha bochecha lentamente. Corei. - Ligo-te mais tarde. - Falou depois de ter saído. - 

- Danny Point Of View. - 

Depois de a ter deixado, segui o meu caminho de volta a casa. Sentia-me vazio depois de a ter deixado, parecia que uma parte de mim também tinha ficado e isso não me agradava nem um pouco. 

Porque o plano é apenas deixa-la a salvo e mais nada, não me posso apaixonar ou algo do género pois ia acabar por deixar que os sentimentos tomassem conta de todas as minhas ações, e ia pô-la em perigo assim. 

Apertei o volante tentando retirar tais pensamentos da minha mente, o que era complicado. 

_________ 

James e Cameron discutiam na sala, conseguia ouvir os seus gritos do lado de fora. 
Assim que entrei consegui entender o tema da conversa, Amy. Parece que agora por muito que a tente esquecer ela vai estar sempre presente. 

James - Finalmente chegas-te. - Falou irritado. - 

- Calma. 

James - Calma? Calma? - Perguntou pasmado. - Como posso ter calma quando estamos nesta situação caralho Danny. 

Danny - Ouve eu já te disse que estou a tentar o meu melhor, mas é complicado. 

Cameron - Não temos muito mais tempo, eles vão voltar a procura-la. Ela já o viu naquela noite, ela podia ter morrido. 

- Eu fui busca-la, trouxe-a para cá, deixei-a em segurança. 

James - Ela não está segura aqui, não está mete essa merda na cabeça Danny. 

Danny - Queres que faça o que James? - Falei-lhe elevando o meu tom. - Que a rapte e a leve o mais longe possível. 

James - Faz o que quiseres, não sei mas tira-a daqui. - Bufou irritado passando as mãos pelo cabelo enquanto pensava. Finalmente olhou-me. - Olha eu não sei leva-a para a cama, faz-lhe a cabeça mas tira-a daqui. 

Danny - Idiota do caralho. Eu não lhe vou fazer nada disso, ela não merece. 

James - A única coisa que me faltava era que tu te apaixonasses por ela, desde quando é que importas com quem dormes? 

- Desde que essa pessoa precisa de mim. - Virei-lhe as costas pegando nas chaves do carro, batendo com a porta. - 

Por hoje era melhor afastar-me, ou então as coisas ainda ficavam piores do que já estão. Neste momento a minha maior preocupação era saber se tudo iria acabar bem. 

Amava ser livre e poder dizer adeus a este pesadelo, mas parece que ele só fica maior. 
Ela nem sonha, mas eu sei exatamente a dor que ela sente, infelizmente. 

domingo, 1 de junho de 2014

GHOSTS

Seventh Chapter - Arms Of An Angel 

- Danny point of View. - 

Olhei por todos os lados e nada de Amy, comecei a ficar preocupado. Levantei-me para ter uma visão melhor e sai daquele bar, lá fora o vento e a chuva mediam forças. 

Todas as pessoas andavam de guarda-chuva e bem vestidas com casacos enormes e roupas quentes. Menos eu. 

Caminhei na rua do bar sempre em frente a procura dela, mas parecia que ela se queria esconder e não aparecer. A chuva dificultava a minha visão mas do outro lado da rua conseguia ver um corpo pequeno sentado encostado contra a parede da rua. 

Sabia que era ela, e parecia que estar a chorar. Pobre Amy. Corri até ela ignorando as buzinas dos carros. Baixei-me até chegar a sua altura e pôs o meu casaco sobre ela. 

- Anda vamos sair daqui Alexandria. - Ajudei-a a levantar, mas a mesma não se mexeu. - 

Amy - Eu não posso voltar para lá. - Falou baixo devido ao frio que sentia. - 

- Não vamos para lá, vou tirar-te daqui. - Levantei-a levando-a ao colo. -

A sua face estava enterrada no meu peito, o seu cabelo gelado escorria sobre o meu pescoço o que me arrepiava bastante. Uma das minhas mãos estava nas suas coxas segurando as suas pernas enquanto a outra encontrava-se nas costas dela fazendo pequenos círculos na tentativa de a acalmar. 

As suas lágrimas caiam molhando-me ainda mais, doía-me vê-la assim mesmo que não tivesse uma ligação muito forte com ela, vê-la chorar fazia-me querer abraça-la e faze-la segura. Dizer-lhe as palavras que provavelmente nunca ouviu, faze-la sentir-se protegida. 

Assim que avistei o carro, depois de o destrancar pousei-a lentamente no chão enquanto ela entrava eu fazia o mesmo. 

Ia leva-la para casa, sabia que amanhã ia ouvi-los a falar, mas achei que ela ficaria melhor lá do que em casa dela. Sozinha. 

Assim que chegamos, ajudei-a a andar. Levei-a até ao meu quarto e dei-lhe uma das minhas camisolas para ela trocar, quando lha entreguei consegui sentir o quão fria ela estava. 

- Amy Alexandria Point Of View. -

Danny - Estás tão fria Amy. - Sussurrou Danny ao meu ouvido. - Veste isto, eu estou lá fora, qualquer coisa chama-me. 

Eu não me dignei a responder, não disse nada. Apenas esfregava as minhas mãos nos meus braços e tremia. 

Danny - Alexandria queres que te leve ao hospital? - A sua voz era mais suave e doce do que o costume, parecia preocupado. Comigo. - 

Desviei o meu olhar agora, cruzando-me e focando-me com o dele. Uma lágrima solitária escorria pelo meu rosto. A única coisa que fiz foi abanar com a cabeça, em forma de não. 

Danny - Nem te vais conseguir mexer para te vestires, queres que te aju-d-d-e. - Ele perguntou de forma tímida. Reparei o quão nervoso ele estava, não sabia o porque afinal ele já devia ter despido milhares de raparigas. - 

Que havia de dizer? Ficar ali encharcada a tremer não ia ajudar e era uma sensação desconfortável, por isso pôs o meu orgulho de lado e aceitei a sua ajuda. 

Pela primeira vez abria a boca e falei, baixo. 

- Sim, eu quero.. 

- Danny Point Of View. - 

Com alguma incerteza, levantei a sua camisola completamente molhada pelo seu tronco. Há medida que subia a camisola conseguia ver o seu corpo, as suas pequenas e delicadas curvas, eram perfeitas. Ela cooperou comigo levantando os seus braços finos.  

Senti-me um idiota, já tinha despido milhares de gajas, mas nunca desta forma tão delicada. Eu queria ter cuidado com ela, não queria magoa-la. 
Os meus olhos estavam fixos na sua pela branca, o seu sutiã preto rendado dava outro tom a sua pela tornado-a ainda mais atraente. Por muito que estivesse a gostar de a ver assim tinha de avançar, vesti-lhe a minha camisola que lhe chegou abaixo dos joelhos, ajeitei o seu cabelo de seguida para fora da mesma. 

Lentamente desapertei o botão das suas calças e deslizei-as pelas suas pernas, o seu corpo era viciante, o seu cheiro era doce e fazia com que eu quisesse sentir mais dele. 
Peguei nuns calções de fato de treino e vesti-os, passando o material lentamente nas suas pernas. 

Estando assim o meu trabalho feito, vi que a mesma já não chorava. Sentei-me do seu lado mexendo no seu cabelo, esperava que ela me afasta-se mas não. Não se mexeu. 

Danny - Tens fome? 

- Amy Point Of View. - 

Danny - Tens fome? 

Neguei na realidade não tinha, só queria deitar-me e nunca mais me levantar. 

- Só quero dormir. 

Ele assentiu, levantando-se indo buscar as almofadas ao armário. Depois de abrir a cama retirou a sua camisola, pode observar as suas tatuagens lentamente enquanto o mesmo acabava de se despir. Quando cai em mim ele estava de boxers e eu estava fixa nele. 

Danny - Costumo dormir assim mas se quisere.. -Cortei a sua palavra. - 

- Está bem assim, não me importo. - Corei assim que ouvi as minhas próprias palavras. - 

Danny deitou-se do meu lado, tentei ficar o mais confortável possível. Depois do mesmo apagar as luzes rezei muito para que só pelo menos está noite não tivesse um pesadelo. 

- Boa noite Danny. - Falei virando-me para o lado contrário do dele. - 

- Boa noite. - Respondeu roucamente. - 

E assim depois dessas palavras cai num sono profundo desejando nunca mais acordar. 

- Danny Point Of View. - 

Olhei para o relógio da mesinha de cabeceira, eram 4h da manhã. Ouvi algo estranho como se alguém estivesse a bater com os dentes ou mesmo a tremer. Levantei a cabeça e olhei para a Amy que estava encolhida a tremer, levei uma mão a sua cintura puxando-a para mais perto de mim. 

Provavelmente iria afastar-me, mas não assim que a abracei contra mim ela deitou a sua cabeça contra o meu peito. A sua mão estava na minha cintura e com o passar do tempo puxei uma das suas pernas para mim, aquecendo-a. 

E assim ela adormeceu, quente e protegida de tudo e todos. Ela adormeceu nos braços de um anjo.  

Na manhã seguinte depois de um bom banho vesti qualquer coisa que me apareceu na frente, coloquei o meu habitual gorro preto e sentei-me no pequeno sofá que tinha no quarto.
Observei Amy enquanto a mesma dormia. As suas longas pestanas caem sobre as suas bochechas, os seus pequenos lábios estavam, ligeiramente rosados encontravam-se entreabertos facilitando a sua respiração. Os seus pequenos braços abraçavam agora a minha almofada. 

Aproximei-me dele e levei uma mão até aos seus cabelos, seguindo para o seu pequeno rosto. O meu subconsciente gritava para que para-se, mas eu não conseguia pois a vontade de lhe tocar era maior. 

Antes de me levantar depositei um leve beijo na sua testa, cobria e abandonei o quarto. 

- Eu prometo que te protejo, para sempre. 

« Sempre não existe, sempre é muito tempo.. Sempre é uma palavra forte tal como o Amor. Sempre é uma decoração. Não existe. E no que toca a Amy é triste.. » 

Abanei a minha cabeça antes de fechar a porta e tentei esquecer os meus pensamentos. Desci as escadas calmamente, na cozinha encontravam-se Ben e James. 

Pareciam sérios, por isso decidi falar antes que piorasse a situação. 

- Podem tirar essas caras estúpidas e começar a falar caralho. - Falei revirando os olhos. - 

James - Quando lhe vais contar? 

- Quando achar que ela está pronta para saber que a vida dela até aqui foi uma mentira. - Olhei-os. - Não podemos simplesmente chegar até ela e dizer a verdade, não é assim. 

Ben - Ela corre perigo Daniel. 

James - Quando mais cedo melhor, se ficarmos aqui acabaram por nos descobrir. - Falou apoiando-se no balcão da cozinha. - 

Danny - Tempo, só vos peço mais tempo. - Bufei. - É um assunto sério e eu não posso simplesmente subir as escadas e dizer-lhe isso. Iria despedaça-la mais ainda. 

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Gostam? 
O momento deles está super fofooooooooo, pelo menos eu acho hihihihi. 
E agora, o que acham que vai acontecer? O que acham que pode ser o tal "segredo" deles? 
Estão a gostar meninas? Comentem, falem comigoooooo 


GHOSTS

Sixth Chapter - The Men And The Call

A chuva caia fortemente o que ajudou a relaxar, Danny tinha sido super simpático em oferecer-me boleia de volta para casa. Depois de um longo e relaxante banho decidi finalmente sair da casa de banho e vestir um pijama quente para dormir. 

Sempre adorei a chuva e o frio, acho simplesmente magnifica e relaxante. Dentro de pensamentos confusos senti o meu corpo ficar adormecido assim como a minha obscura mente. 




«Não, não! Tenho que fugir o mais que puder, ele não pode fazer-me isto, não pode!»

XXX - Melissa… Anda cá… Nunca poderás escapar de mim…

«Tenho que continuar a correr, não posso parar. Se ele me apanha, é o meu fim. »

XXX - Sabes, podes continuar a correr, mas nunca me escaparás... Eu sou o teu pior pesadelo... Vou encontrar-te querida Amy, onde quer que estejas...

«Não vais encontra, nem penses! Eu não vou deixar...»

Corri rapidamente para trás de uma árvore naquele bosque sombrio, respirava ofegantemente.
Ouvi as folhas a mexerem, o meu coração parecia que tinha parado, congelei. Fechei os olhos e pensei em tudo o que me veio à cabeça naquele momento, tudo o que tinha vivido. Os passos deixaram de se ouvir, as folhas pararam de mexer. Pensei que ele tivesse ido embora, desistido. Mas devia saber que ele não é desses.
Espreitei, receosa, pelo meu lado esquerdo. 


Nada vi. 

Voltei à minha posição inicial, fechei os olhos e respirei fundo. Quando olhei para o meu lado direito, lá estava ele. À minha frente.. Ele estava ali mesmo, com a sua cara maléfica.
Com a sua voz grave, disse-me num sussurro horrendo.

XXX -  Fim da linha Alexandria.

Um grito enorme surgiu, era o meu fim sabia que iria morrer. » 



Afinal aquele agudo grito só acabou com outro dos meus pesadelos. Naquela cama encontrava-me eu agora sentada a limpar os milhares de lágrimas teimosas que caiam pela minha cara. 

Um barulho agudo, reconhecido por toque de telemóvel pela sociedade, fez-me acordar completamente. Peguei no telemóvel atendendo sem sequer vendo quem era. 

" Quem é? - Falei rude. - 
Danny - Que mau humor anã. - Anã, era a nova alcunha que Danny tinha arranjado para a minha baixa estatura comparada com a dele. - 
- Eu acabei de acordar, o meu humor não é do melhor. 
Danny - Fraquinha não aguentas-te ontem, sabes que horas são? Três da tarde. 
- Adormeci, não sou fraca. - Ri sem piada. -
Danny - Hoje ás onze e meia quero-te pronta. - Mesmo não o vendo sabia que sorria. - 
- Acho que o fraco aqui és tu que não consegue ficar sem me ver. - Ambos rimos. - 
Danny - Podes levar pessoas contigo. 
- Onde vamos? O que devo vestir? - Perguntei falando rapidamente, demasiado rápido. - 
Danny - Festa. Não te esqueças onze e meia. " 

_______________________

Estava sozinha com a Anne em casa ambas escolhíamos o que usar esta noite. Nunca tinha ido a muitas festas, porque sempre fui a "rapariga estranha e anti-social" da escola e depois de me formar perdi o contacto com quase toda a gente. 

Anne - Afinal tu e o Danny são o que? - Perguntou maliciosamente. - 

- Amigos, acho. - Falei enquanto acabava de esticar o cabelo. - 

Anne - Nem um beijinho, certo? - Perguntou no mesmo tom novamente. - 

- Eww, não. - Falei enojada, rindo-me em seguida. - Estou pronta. - Levantei-me encostando-me na ombreira da porta, esperando por Anne. - 

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Naquele carro encontravam-se quatro pessoas, Ben o das calças rasgadas dono de um enorme e amigável sorriso. Sam o mais baixo deles e o mais amável. James o mais risonho e brincalhão e simpático, e por fim Cameron o mais sorridente. 

A maneira como nos deixaram a vontade no meio deles, fez com que eu gostasse demasiado deles, eram simplesmente o grupo de rapazes que qualquer pessoa queria como amigos. Pelo menos penso assim. 

No rádio tocava uma música antiga dos ACDC, eles cantavam-na aos berros fazendo com que eu e a Anne nos ríssemos das suas figuras. 

Sam - Mas afinal onde  é que se conheceram vocês? - Perguntou num tom de gozo assim que chegamos ao bar. - 

Danny - Aqui neste preciso sítio. 

Sam - Estou a ver.. - Riu-se acompanhado dos outros. - 

- Não nesse tipo de situações Sam. - Revirei os olhos com o comportamento deles, tentando não rir da situação. - 

O bar estava cheio, o cheiro de álcool e do tabaco invadia as minhas narinas sem permissão. As pessoas ora bebiam ora encontravam-se a fazer coisas que ninguém gosta de ver. 

Amarrei o meu cabelo e sentei-me numa das cadeiras enquanto eles e a Anne bebiam, o tempo parecia não passar e lá fora dava para ver através da janela que o tempo estava complicado. Bastante incerto como sempre. 

Vi Danny aproximando-se de mim, ignorei o facto de ele se ter sentado tão perto de mim que eu conseguia perfeitamente sentir que ele esteve a fumar. 

Danny - Está tudo bem Amy? 

- Acho que sim, só não gosto deste tipo de ambientes. 

Danny - Estás muito tensa, tens de relaxar. Solta o cabelo. - Levou uma mão ao meu cabelo puxando o elástico que o prendia, ignorando a minha opinião. - 

- Sim melhorou muito. - Ironizei a situação. - 

__________________ 

Tequila, Jack Daniel's, bebidas das quais eu nem sabia o nome estavam sobre a mesa. Danny não havia tocado em nenhuma delas, eles estavam um pouco alterados e já diziam coisas sem sentido algum. 

Levantei-me para ir fumar lá fora, e foi ai que o vi. O homem do sonho ele estava ali a metros de distancia de mim, caminhava até mim lentamente atravessando as pessoas. A sua  cara era sombria e assustadora o seu olhar apenas me dizia uma coisa, morte. 

O meu corpo ficou paralisado naquele momento, se ele me apanhasse seria o fim. Ignorei o facto de não ter um guarda chuva e da minha roupa não me aquecer e corri para fora do bar.