Eu podia mentir, mas isso não ia resolver nada. Dizer que não me magoou ver Luke virar-me as costas não iria resolver nada, absolutamente nada. Por muito que eu não quisesse as lágrimas continuavam a cair, sentia-me cansada magoada e a minha cabeça ameaçava explodir a qualquer momento.
Lentamente caminhei até ao acampamento, chutava pequenas pedras que cruzavam o meu caminho, assim que observei a placa "SYDNEY CAMP" respirei fundo e sequei as minhas bochechas que se encontravam húmidas devido as lágrimas.
Adentrei o espaço verde com pequenas cabanas e aprecei o meu passo até a minha cabana, abri a porta silenciosamente e adentrei a mesma observando a triste figura de Luke adormecido numa posição completamente estranha e desconfortável no meu ponto de vista.
Retirei as minhas calças deixando-as no chão. Antes de me deitar, peguei no meu querido iPod e escolhi a música mais melancólica que o mesmo tinha, deixei que a leve melodia levasse o vazio e a tristeza, sentindo assim o meu corpo ficar cada vez mais dormente, adormecendo-me.
[...]
O olhar de Luke queimava em mim, tentei ignora-lo por uns bons vinte minutos, mas depois disso tornou-se completamente frustrante sentir os seus olhos azuis fixos em tudo o que fazia.
"Desembucha Luke" Ganhei alguma coragem e olhei para o mesmo.
"Hum.. Safira" Luke brincava com os seus dedos, que se encontravam no seu colo. "Desculpa por ontem a noite.. Eu não estava propriamente sóbrio." Desculpou-se timidamente, deixando-me a minha paciência reduzida a -1.
"Claro Luke é isso que os covardes fazem" Falei sarcasticamente, observando a sua expressão confusa.
"O quê?"
"Por a culpa no álcool, isso é uma atitude covarde" Respondi-lhe rudemente.
"Para de ser ridícula Safira. Eu estava a tentar pedir-te desculpa mas parece impossível falar contigo" Luke falou elevando a sua voz.
"Eu tentei, juro que tentei... Mas tu tens sempre de estragar tudo Luke!" Respondi-lhe quase gritando. "Eu estava a tentar dar-me bem contigo mas tu não passas de um idiota, nem sei porque estava a tentar" Revirei os olhos pegando no meu casaco de ganga saindo dali, fechando a porta da maneira mais violenta possível.
Andei durante bastante tempo, o suficiente para me doer as pernas. Mas acho que valeu a pena. Depois de algum tempo encontrei um sítio silencioso, um sitio que podia ser só meu. O meu esconderijo para o restante tempo que ainda falta.
A velha ponte feita de madeira encontrava-se sobre um pequeno rio, sentei-me na mesma deixando as minhas pernas ao dependuro. Inclinei a minha cabeça para trás, observando o céu. O por do sol estava simplesmente perfeito, deixando o horizonte em tons de rosa e algum roxo talvez. O cheiro a eucaliptos penetrava as minhas narinas e o vento despenteava lentamente os meus cabelos deixando as minhas bochechas num tom rosado devido ao frio.
A minha distração neste momento era tão grande que não senti Luke aproximar-se de mim, até sentir o cheiro do seu perfume. Revirei os olhos, tudo o não que queria neste momento era ver aquela criatura loira falsa.
"Como é que me encontras-te Hemmings?" Perguntei vendo o mesmo sentar-se a meu lado, ignorando a minha pergunta.
Decidi jogar da mesma maneira e manter-me calada, com forme os minutos passavam o Sol desaparecia cada vez mais um pouco na linha do horizonte. Parecia uma eternidade, mas eu estava a gostar do silêncio. O único som que se ouvia além do chiar dos pássaros e da aragem nas árvores era a nossa respiração que naquele momento parecia perfeitamente sincronizada.
"Devia chamar-te Purple Star" Luke sussurrou, abrindo o novo pacote de cigarros acendendo um de seguida.
"Porque?" Questionei-o observando-o enquanto levava o cigarro até aos seus lábios.
"O teu cabelo é roxo" Falou largando o fumo, pegando carinhosamente numa madeixa do meu cabelo, fazendo-me rir. "E porque o brilho dos teus olhos faz-me lembrar as estrelas, e eu sei que tu adoras ver o céu a noite." Sorriu abertamente, algo raro, olhando fundo nos meus olhos. Com tal atitude sorri discretamente retribuindo a intensidade do seu olhar.
"Eu não te devia dizer isto já que o teu ego é demasiado grande." Ri baixo, suando mais como um riso nasalado. "Uma vez disseram-me que te podias afogar em dois pequenos centímetros de água, então eu acho que olhar-te nos olhos torna respirar algo difícil." Falei baixo, num tom quase inaudível. Elogiando os seus olhos azuis.
Luke respirou fundo, puxando-me para um abraço. Deitei a minha cabeça no seu peito e relaxei o meu pequeno corpo nos seus braços. A melodia do seu batimento cardíaco era suave, e a sua mão acariciava levemente as minhas costas em pequenas linhas.
"Nunca ninguém me tinha dito nada tão bonito" Luke riu roucamente beijando o topo da minha testa. Estranhei o seu gesto carinhoso, mas neste momento soube bem. "Obrigada, Purple Star." Luke agradeceu voltando a acariciar as minhas costas, sussurrando a última parte da sua frase.
"Nunca ninguém me tinha comparado com as estrelas.." Murmurei levantando levemente a minha cabeça, ficando assim ao nível do seu pescoço. "Nunca ninguém me tinha dito algo tão especial" Sorri, um sorriso a que as pessoas vulgarmente chamam de "orelha a orelha".
Ajeitei o meu corpo, recebendo assim o calor de Luke. Voltei a aninhar-me no seu peito, os braços de Luke rodeavam a minha cintura, mantendo-me perto do seu corpo, a sua cabeça estava perfeitamente posicionada no meu ombro nu.
Agora eu pergunto-me seriamente o que se estava a passar. Eu estava nos braços de Luke, e não posso mentir eu estava realmente a gostar da nova sensação de estar nos braços do mesmo.
"Safira?"
"Hm?" Perguntei contra o peito do mesmo, mantendo os meus olhos fechados.
"Porque que isto não acontece mais vezes? Porque que temos de estar sempre a discutir?" Luke questionou num tom baixo e calmo enquanto enrolava um pouco de cabelo no seu indicador.
"Vamos fazer com que aconteça. Prometo" Sorri falando contra o seu peito, sentindo os músculos do mesmo vibrar a medida que pronunciava as palavras.
"Promessa do mindinho?" Luke falou tentando não rir esticando o seu mindinho na minha frente.
"Promessa do mindinho"
Ri calmamente, apertando o seu mindinho. Lentamente Luke brincou com os meus dedos, entrelaçando-os por fim. Respirei fundo com a sua atitude não querendo quebrar o momento.
Nada além dos uivar dos solitários lobos se fazia ouvir, ambas as respirações estavam calmas ficando difíceis de ouvir.
"Luke" Chamei a sua atenção, enquanto balançava as pernas que ficavam fora da ponte.
"Hm?" Murmurou Luke.
"Sabes porque que o uivar dos lobos é assim tão triste?" Questionei-o sorrindo.
"Não, mas aposto que me vais dizer" Luke riu, brincando com a minha pequena mão.
"Quando eu era pequena o meu avô contava-me sempre a mesma lenda antes de me adormecer, sobre o uivar dos lobos." Sorri lembrando-me dos velhos tempos. "Ele contava-me sempre que o uivar do lobo era uma espécie de choro porque ele amava a Lua. E o amor deles era impossível, porque o lobo nunca iria poder tocar a Lua."
____________________________
Que sweet, as coisas estão a começar ahahaahahahaha.
Alguma de vocês sabe quem é o Troye Sivan? Ou já ouviu a Happy Little Pill? Senão deviam porque são ambos perfeitos, já para não falar que o troye é um dos meus youtubers favoritos.
Não se esqueçam de comentar, votar e adicionar. ♥♥
não tenham vergonha de falar comigo ou comentar. ♥♥
Até a próxima.
Lentamente caminhei até ao acampamento, chutava pequenas pedras que cruzavam o meu caminho, assim que observei a placa "SYDNEY CAMP" respirei fundo e sequei as minhas bochechas que se encontravam húmidas devido as lágrimas.
Adentrei o espaço verde com pequenas cabanas e aprecei o meu passo até a minha cabana, abri a porta silenciosamente e adentrei a mesma observando a triste figura de Luke adormecido numa posição completamente estranha e desconfortável no meu ponto de vista.
Retirei as minhas calças deixando-as no chão. Antes de me deitar, peguei no meu querido iPod e escolhi a música mais melancólica que o mesmo tinha, deixei que a leve melodia levasse o vazio e a tristeza, sentindo assim o meu corpo ficar cada vez mais dormente, adormecendo-me.
[...]
O olhar de Luke queimava em mim, tentei ignora-lo por uns bons vinte minutos, mas depois disso tornou-se completamente frustrante sentir os seus olhos azuis fixos em tudo o que fazia.
"Desembucha Luke" Ganhei alguma coragem e olhei para o mesmo.
"Hum.. Safira" Luke brincava com os seus dedos, que se encontravam no seu colo. "Desculpa por ontem a noite.. Eu não estava propriamente sóbrio." Desculpou-se timidamente, deixando-me a minha paciência reduzida a -1.
"Claro Luke é isso que os covardes fazem" Falei sarcasticamente, observando a sua expressão confusa.
"O quê?"
"Por a culpa no álcool, isso é uma atitude covarde" Respondi-lhe rudemente.
"Para de ser ridícula Safira. Eu estava a tentar pedir-te desculpa mas parece impossível falar contigo" Luke falou elevando a sua voz.
"Eu tentei, juro que tentei... Mas tu tens sempre de estragar tudo Luke!" Respondi-lhe quase gritando. "Eu estava a tentar dar-me bem contigo mas tu não passas de um idiota, nem sei porque estava a tentar" Revirei os olhos pegando no meu casaco de ganga saindo dali, fechando a porta da maneira mais violenta possível.
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A velha ponte feita de madeira encontrava-se sobre um pequeno rio, sentei-me na mesma deixando as minhas pernas ao dependuro. Inclinei a minha cabeça para trás, observando o céu. O por do sol estava simplesmente perfeito, deixando o horizonte em tons de rosa e algum roxo talvez. O cheiro a eucaliptos penetrava as minhas narinas e o vento despenteava lentamente os meus cabelos deixando as minhas bochechas num tom rosado devido ao frio.
A minha distração neste momento era tão grande que não senti Luke aproximar-se de mim, até sentir o cheiro do seu perfume. Revirei os olhos, tudo o não que queria neste momento era ver aquela criatura loira falsa.
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"Devia chamar-te Purple Star" Luke sussurrou, abrindo o novo pacote de cigarros acendendo um de seguida.
"Porque?" Questionei-o observando-o enquanto levava o cigarro até aos seus lábios.
"O teu cabelo é roxo" Falou largando o fumo, pegando carinhosamente numa madeixa do meu cabelo, fazendo-me rir. "E porque o brilho dos teus olhos faz-me lembrar as estrelas, e eu sei que tu adoras ver o céu a noite." Sorriu abertamente, algo raro, olhando fundo nos meus olhos. Com tal atitude sorri discretamente retribuindo a intensidade do seu olhar.
"Eu não te devia dizer isto já que o teu ego é demasiado grande." Ri baixo, suando mais como um riso nasalado. "Uma vez disseram-me que te podias afogar em dois pequenos centímetros de água, então eu acho que olhar-te nos olhos torna respirar algo difícil." Falei baixo, num tom quase inaudível. Elogiando os seus olhos azuis.
Luke respirou fundo, puxando-me para um abraço. Deitei a minha cabeça no seu peito e relaxei o meu pequeno corpo nos seus braços. A melodia do seu batimento cardíaco era suave, e a sua mão acariciava levemente as minhas costas em pequenas linhas.
"Nunca ninguém me tinha dito nada tão bonito" Luke riu roucamente beijando o topo da minha testa. Estranhei o seu gesto carinhoso, mas neste momento soube bem. "Obrigada, Purple Star." Luke agradeceu voltando a acariciar as minhas costas, sussurrando a última parte da sua frase.
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"Hm?" Perguntei contra o peito do mesmo, mantendo os meus olhos fechados.
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"Vamos fazer com que aconteça. Prometo" Sorri falando contra o seu peito, sentindo os músculos do mesmo vibrar a medida que pronunciava as palavras.
"Promessa do mindinho?" Luke falou tentando não rir esticando o seu mindinho na minha frente.
"Promessa do mindinho"
Ri calmamente, apertando o seu mindinho. Lentamente Luke brincou com os meus dedos, entrelaçando-os por fim. Respirei fundo com a sua atitude não querendo quebrar o momento.
Nada além dos uivar dos solitários lobos se fazia ouvir, ambas as respirações estavam calmas ficando difíceis de ouvir.
"Luke" Chamei a sua atenção, enquanto balançava as pernas que ficavam fora da ponte.
"Hm?" Murmurou Luke.
"Sabes porque que o uivar dos lobos é assim tão triste?" Questionei-o sorrindo.
"Não, mas aposto que me vais dizer" Luke riu, brincando com a minha pequena mão.
"Quando eu era pequena o meu avô contava-me sempre a mesma lenda antes de me adormecer, sobre o uivar dos lobos." Sorri lembrando-me dos velhos tempos. "Ele contava-me sempre que o uivar do lobo era uma espécie de choro porque ele amava a Lua. E o amor deles era impossível, porque o lobo nunca iria poder tocar a Lua."
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