sábado, 17 de maio de 2014

GHOSTS

Third Chapter - Ride 

Hoje o dia começou da pior forma possível, sempre que as visões ou os pesadelos voltavam o Alan tratava-me como uma criança ou pior. 

O Austin não estava em casa pelo que o Alan me contou ele tinha ficado na casa da Clary e ainda não tinha voltado.

Estava um pouco farta de ouvir o Alan a falar sobre a mesma coisa, os meus problemas. Eu amo-o com todo o meu coração, ele é o meu irmão, a minha única família, mas se havia algo nele que me irritava era a sua protecção. Mas também o entendia, ele tinha medo de me perder. 

- Tenho de ir Alan, a Anne não pode voltar a ficar sozinha. - Levantei-me dando-lhe um beijo na bochecha. - 

Alan - Cuidado Amy! - Gritou enquanto saia. - 

Ajeitei o casaco e fechei-o, estava um pouco de frio hoje, mas já me tinha habituado pois sempre vivi em regiões gélidas.

Assim que entrei na loja, ouvi a Anne na arrecadação a falar sozinha, parecia chateada logo fui ter com ela coloquei a minha mão no seu ombro. A mesma virou-se e pode ver que estava a chorar. 

- O que se passa Anne? 

Anne - Amy! Como eu precisava de ti. - Falou abraçando-me. - 

- Pronto! Pronto! - Acalmei-a. - Agora podes me explicar o que se passa? - Sentamos-nos nas caixas de cartão, frente a frente. - 

Anne - O meu irmã-ão. - Gaguejou enquanto cobria a face com as suas pequenas mãos. - 

- O que se passa com Dominik?

Anne - Pergunta-me antes o que não se passa Am, ele passou-se de vez. E desta vez é a sério ele diz que temos de sofrer que somos egoístas e não o deixamos ser feliz. - Olhou-me enquanto limpava as lágrimas. - Ontem ligaram para casa a dizer que ele teve uma crise na escola, outra. Os meus pais estão a pensar em internado de vez num hospital psiquiatrico. 

- Mas o problema do Domink não era só com a droga Anne? 

Anne - Eu não sei, em principio sim mas agora parece que também somos nós o problema dele. 

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- Sabes o que eu acho que tu precisas? Ir para casa tomar um longo banho e descansar. Depois falas com a tua mãe e tentam arrasar uma solução. 

Anne - Não te vou deixar aqui sozinha, nem pensar Amy. 

- Eu já faltei ontem, hoje é a tua vez. 

# Same Day, A Bit Later. # 

Agora a Lua iluminava as ruas húmidas de Londres, caminhava calmamente até casa. 
O dia na loja era sempre um pouco cansativo, tinha sempre muito barulho e muitas crianças a pedir para mexer nos cães. 

Perdida nos meus longos e desinteressantes pensamentos sinto um carro a meu lado, olhei para mesmo. 

Era um AudiR8 preto em muito bom estado, quando o vidro desceu pode ver que no lugar do condutor estava o Josh com o sorriso irritante. 

Josh - Quem diria que nos voltaríamos a ver Amy! - Exclamou andando ao meu ritmo. - 

- Quem diria Josh. - Sussurrei. - 

Josh - Boleia? 

- A minha mãe sempre me disse para não aceitar boleias de estranhos? 

Josh - Ora essa! - Fingiu-se ofendido. - Não sou um estranho. Agora entre dou-te um chocolate se entrares! 

Decidi entrar. 

- Não me podes subornar com chocolates, não sou uma criança. 

Josh - Com esse tamanho ninguém diria. - Rimos. - Onde moras? 

- Três quarteirões antes do cemitério. 

O resto da viagem foi calma, assim que cheguei a casa despedi-me de Josh e agradeci-lhe a boleia. 


Assim que entrei em casa vi o Austin na bancada da cozinha a preparar o jantar enquanto o Alan afinava a sua guitarra no sofá. Pareciam cansados. 

Austin - De quem era aquele carro? 

- Do Josh. - Falei enquanto entrava no quarto. - 

Austin - Que Josh Ams? - Falou entrando disparado no meu quarto. - 

- Um conhecido. - Sorri. - Ninguém importante Austin. 

Austin - Acho bem que assim seja. 

Não dormi a noite inteira, as visões voltaram e mais fortes que nunca incapacitando-me de uma necessidade básica dormir. 

Os gritos imaginários ecoavam na minha cabeça, as imagens estranhas, tudo me assustava e desta vez parecia que me queriam dizer algo, algo que eu não queria saber. 

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Depois de muito sacrifício apertei a minha camisa na cintura e sai do quarto, na sala estavam o Alan e o Austin deitados no chão a jogar qualquer coisa, sentei-me no sofá vendo-os ficando perto deles porque ali eu sabia que me sentia segura. 



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