sábado, 24 de maio de 2014

GHOSTS

Fifth Chapter - Snow


Acordei por cima da minha cama, ainda estava vestida com a roupa de ontem. Cheirava a álcool e a tabaco mas principalmente ao seu perfume. Era um cheiro viciante e doce, perfeito para ele tenho de admitir. 

« Mas que raio estava eu a pensar.. » 

Levantei-me indo até a sala enquanto preparava o meu pequeno-almoço, senti um virar no meu bolso retirei de lá o telemóvel, onde no visor estava o nome do Danny, li a mensagem rapidamente. 

« Alex sou eu, depois da noite passada queria saber se ficas-te bem? Liga-me. 
                                                                                      - D-Snop. xx » 


Sorri enquanto li-a a mensagem, eu realmente não sabia o que se passava comigo, mas a sua preocupação agradava-me. Assim que ouvi vozes no corredor guardei o telemóvel começando a comer o meu pequeno-almoço encostada ao balcão da cozinha. 

Austin - Onde estiveste? 

Alan - Cheiras a tabaco, estiveste a fumar de novo Amy? 

E as perguntas estavam prestes a começar, que irritantes afinal eles podiam fazer tudo e eu não era uma escrava apenas por ser rapariga e mais nova. 

Alan - Amy responde-me onde andas-te, o perfume do gajo já me cheira aqui. - Falou irritado. - Afinal fodeste com quem?  - Perguntou irritado, gritando comigo. - 

- Eu não te admito isso Alan, eu apenas sai ontem a noite como já não fazia a meses por vossa causa. 

Austin - Só te queremos proteger Ams. É para teu bem pequena. - Falou docemente. - 

- Eu já não sou mais a "vossa pequena", e quer queiras quer não Alan eu vou crescer e mudar. - Falei rudemente sem o olhar. - 

Alan - Os pais devem estar desiludidos depois da merda que fizeste ontem. - Disse sem medo algum. - 

A minha mão voou, tecnicamente, na cara dele. Não tinha o direito de fazer isso de me magoar até aquele ponto afinal ele pensava que era quem? O rei do mundo? 

Depois dos pais morrerem eu aturei milhares de bebedeiras dele, ouvi coisas feias vindas dele mas nunca uma coisa destas. Afinal eu só cheirava um pouco a álcool, tabaco e perfume masculino mas isso não significa que tenha feito o que ele disse. Eu não era assim. 

- Não voltes a repetir isso, cabrão. - Disse-lhe sem receio algum, corri até ao meu quarto batendo com a porta. Algumas coisas caíram com o estrondo. - 

Despi-me rapidamente e deixei que a água gelada me acalma-se, sentia o meu corpo a deitar fumo de o quão furiosa estava. 

Os meus pais eram e sempre serão a minha fraqueza, iria sempre ficar sentida quando se fala deles.
Talvez fosse realmente uma pessoa fraca. 

 Depois de meia hora decidi sair da casa de banho, enquanto me vestia ouvia o Alan a gritar com o Austin e depois uma porta se fechou com muita mais força do que eu fechei a minha. 

[http://www.polyvore.com/cgi/set?id=122961511

Antes de abrir a porta e sair do quarto fechei o casaco e pôs um cascol de lã preto por causa do vento que fazia lá fora. 

Despedi-me do Austin com um beijinho na bochecha e ele desculpou-se pela atitude do meu irmão.
Neguei e sai de casa quando me encontrava um pouco longe decidi ligar ao Danny, como tinha pedido. 

Depois de alguns segundos ele atendeu, a sua voz rouca fez-me corar mesmo não estando a vê-lo, mesmo não o conhecendo direito. 

" Danny - Sempre ligas-te. - Riu. - 
- Fiquei curiosa com o que me querias. - Falava baixo enquanto andava. - 
Danny - Que tal ir ao parque de diversões? - Falou com tanto entusiasmo que parecia um menino de 5 anos. - 
- Eu não sou a melhor companhia hoje Danny. - Falei lembrando-me da discussão com o Alan. O que lhe tinha dito era verdade. - 
Danny - Pequena as sete estou em tua casa, leva algo quente e prático. - Disse despedindo-se de mim. - 
- Adeus Danny. " 

Caminhei até a casa da Anne, depois da noite passada não tinha falado com ela nem sabia se estava tudo bem com ela, por isso achei melhor ir vê-la. 

A porta fui-me aberta pelo seu irmão Dominik, estava vestido como o habitual de preto. 

- A Anne está? 

Dominik - Quarto dela. - Respondeu frio, dando-me espaço para entrar. - 

Caminhei até lá, bati antes de entrar a sua voz fraca respondeu-me assim que entrei vi-a a vestir o seu típico casaco branco. 

Anne - Fugis-te-me ontem, Ams. - Riu-se de mim. - 

- Não fugi simple- . - A minha palavra havia sido cortada pela dela. - 

Anne - Sim claro que sim, eu vi-te com um rapaz Amy. - Falou brincando com os seus dedos. - 

- Não comeces com esses filmes, só vim ver se estavas bem. 

Anne - Sim, ontem apanhei um taxi até aqui. - Respondeu sentando-se a meu lado. - 

- O Dominik está melhor? 

Anne - Achas? Continua igual. 

- Acho que ele precisava de alguém, sei lá de um amigo. 

Anne - Ele mal fala com os pais achas que faria um amigo? 

- Ele sempre teve um feitio complicado Anne, tens de lhe dar tempo. 

Anne - Tempo? - Riu. - Dou-lhe tempo a 17 anos Amy sou irmã dele mas tenho me preocupado demasiado com os problemas dele e não tenho vivido a minha vida.

Assenti vendo que ela não queria falar sobre isso. Fiquei literalmente o dia inteiro na sua casa, ao fim da tarde quando eram seis da tarde vim embora, despindo-me dela e da sua família. 

Pelo caminho senti-me vigiada, mas sempre que olhava para verificar não hvia ninguém. Uma sensação má preencheu o meu peito fazendo-me tremer como estava sozinha na rua corria até casa. 

Assim que cheguei ignorei as perguntas do Alan e do Austin e troquei de roupa rapidamente pois tinha pouco tempo para me arranjar. Fiz o que ele disse, algo prático e quente. 

[http://www.polyvore.com/cgi/set?id=122966891]

O frio da noite invadia os meus ossos, era uma sensação boa. O inverno era perfeito em Londres. 

Senti alguém atrás de mim, virei-me vendo o Danny que usava um casaco mais grosso e quente, o seu típico gorro hoje vermelho e o seu nariz acompanhado das bochechas um pouco rosadas devido ao frio que fazia esta noite. 

- Pontal, hmm. - Disse brincando com ele. - 

Danny - Duvidas das minhas qualidades é? - Disse desafiador enquanto andávamos. - 

- Curiosa apenas. - Sorri, mesmo que ele não visse. - 

Danny - Vai nevar este ano. 

- Já não faz neve a muito tempo aqui. 

Mas quem fala de neve ou do tempo? Pois eu.

______________

O Danny parou perto de uma banca onde se ganhava peluches. O objetivo era pegar na arma que estava pousada e atada ao balcão e acertar 4x no mesmo sítio ou muito pouco ao lado. Após ter perguntado como se ganhava o peluche, ele virou-se para mim e pediu que escolhesse um peluche.

Sorri e olhei para todos os peluches que lá estavam. 

Vi um pequeno mas super amável, era um Leão  o meu favorito. Adorava dormir abraçada a eles eram fofos.

- Quero aquele Leão. - Falei perto do seu ouvido por causa do barulho. -

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Danny - Pensava que ias escolher algum maior que tu. - Brincou e olhou para o senhor. - Cinco tiros no mesmo sítio, pelo leão. - Apontou e o senhor assentiu.

O Danny deu-lhe o dinheiro e pegou na arma. Destravou-a e agarrou-a como se fosse perito em armas, quando ele deu três tiros seguidos no mesmo sítio, os meus olhos brilharam. Ele tinha uma firmeza a agarrar na arma que me deixou surpreendida. Até o próprio dono da barraca olhou para ele surpreendido. Acabou por disparar mais duas vezes.

O senhor deu-lhe os parabéns e agarrou no peluche, entregando ao Danny. Apertaram as mãos e ele virou-se para mim, balançando o urso. Agarrei no urso e abracei-o.

Levei-o nos meus braços, enquanto fomos passear pela feira. Algumas pessoas olhavam para nós com ternura. Sentia-me desconfortável ás vezes, mas confesso que estava despreocupada.

Senti a mão do Danny no meu ombro, fazendo-me desviar os olhos e olhando para ele.

Danny - Apetece-me algodão doce, queres?

- Quero, mas pago eu!

Danny - Não vou morrer por pagar Alexandria. - Olhei-o nunca ninguém me havia chamado assim. - 

- Sem teimosias! - Ele sorriu e acabou por concordar.

Fomos pedir o algodão doce e a senhora fez questão de o fazer enorme, pois só tínhamos pedido um e éramos dois. Provavelmente, deduziu que fossemos comer do mesmo, então continuou a juntar. O preço foi o mesmo, quando paguei ela entregou o algodão doce com jeito ao Danny, que lhe agradeceu. 

Caminhei atrás dele até um banco virado para a roda gigante, ele sentou-e e eu sentei com o leãozinho ao lado dele. O lugar era totalmente lindo, estar ali era super relaxante. 

Era talvez, um dos meus lugares favoritos,as luzes da roda e da feira inteira iluminavam-nos.


Olhei para o Danny que comia grandes bocados de algodão. Tirei um pouco daquele algodão cor de rosa e coloquei-o na boca, sentindo-o a desfazer-se rapidamente. Voltei a tirar um pouco, mas desta vez um bocado maior. Senti novamente a desfazer-se na minha boca e lambi a ponta dos dedos.

Danny - Pronta para a roda gigante?

- Sim! - Falei dando pequenos pulos, sentia-me uma criança.-

Danny - Também quero ir à casa do medo.

- O quê? Queres entrar ali dentro? - Olhei para lá aterrorizada. 

Danny - Quero! Nunca entraste? - Neguei e ele sorriu. - És assim tão mariquinhas?

- Sou. - Bati no braço dele levemente e ele gargalhou. - Pára de ser idiota. - Brinquei.

Danny - Eu? Não sou mais idiota que tu, portanto.

- Danny! - Ri-me e tirei outro bocado de algodão doce.

Danny - Qual é a piada?

- Estás cheio de algodão na bochecha e no queixo.

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- Vou arranjar-te algo para limpares a boca. - Levantei-me.

Antes de sair de perto dele, tirei um grande bocado de algodão doce. Fui a comer pelo caminho e aproximei-me de uma banca, pedi guardanapos e o senhor deu-me uns 4 ou 5, agradeci e ele sorriu de uma forma simpática.

Voltei para junto do Danny e entreguei-lhe um guardanapo. Continuámos a comer o algodão doce, até que acabou. Aproximei-me de uma pequena fonte e lavei as mãos, assim como ele. Sequei as mãos com o guardanapo e ele fez o mesmo, olhando para o horizonte. 

Voltei a aproximar-me dos ferros e olhei para o horizonte também, sentindo a sua presença atrás de mim. Sorri ligeiramente e continuei com os olhos postos na vista da cidade de Londres. Era mesmo lindo.


Respirei fundo ao fim de uns minutos e o Danny afastou-se de mim, puxando-me até ao banco. Ele queria ir para a roda gigante tanto quanto eu. Peguei no urso e fomos comprar os bilhetes para andarmos. 

O senhor disse que tinha de deixar o urso com ele, pois não era permitido andar com objetos grandes na roda. 

Assenti e entreguei-lhe o urso, dando-lhe o meu primeiro nome. Ele cedeu-nos a entrada e nós fomos sentar-nos. Assim que puxei a proteção para baixo, trancando-a, um sorriso surgiu nos meu lábios e não pude evitar de olhar para o Danny, que olhava em redor. Os nossos olhares cruzaram-se entretanto. 

Senti-me a balançar naquele assento e quando dei por mim, estava a subir. Olhei para baixo e fui vendo a distância do chão a aumentar. Quando estávamos no topo, a roda parou, para que pudéssemos desfrutar da paisagem. Tal como acontecia imensas vezes, durante as voltas. Pousei a cabeça no ombro do Danny e olhei para a lua.

- Lobdres é perfeito, que cidade linda.

Danny - Não podia concordar mais. - Murmurou. 


Parecia que os meus demónios tinham dado uma folga hoje, sentia-me bem. Como alguém normal o que já não acontecia a algum tempo.

GHOSTS

 Fourth Chapter -  " flowers in her hair, demons in her head " 

# Two Days Later # 

Eu, Amy, sempre fui a rapariga estranha e sempre serei, aquela que vê coisas que mais ninguém consegue ver. As vezes penso porque eu? Não acredito em Deus mas se ele realmente existe porque reservou este destino para mim? Afinal que mal eu fiz? 

Porque me tirou tudo tão repentinamente, sem um aviso porque afinal num piscar de olhos vi-me sozinha com o meu irmão.

A morte é a única coisa justa pois ela leva-nos no momento certo, quando acha que já vivemos o suficiente. Mas acima de tudo leva-nos e nada pode adiar isso, o dinheiro não a pode comprar não a pode seduzir com valores altos pois ela é justo e todos têm de partir, não a como escapar dela. 

Hoje senti a necessidade de desabafar, por isso levantei-me da cama e em passos pequenos e delicados abri o armário e tirei de lá o pequeno diário onde escrevia quando era mais pequena. 

Continha todos os meus segredos, até os mais profanos. Abri-o com a pequena e antiga chave, reli mais uma vez aqueles pequenos textos, vi mais uma vez aquelas fotos e instantaneamente lágrimas caíam pela minha face. 
Eu era feliz naquela época, naqueles anos eu via alegria no meu olhar mas agora não. 

Não me sinto viva, não tenho vontade de nada, não me importo com nada eu não sinto nada além da dor. 

" Querido Diário, 

           Hoje senti a necessidade de desabafar, e como não confio em muitas pessoas achei que a escrita seria a minha maior solução, pois ela 
e tão bela. 
           Os meus pesadelos voltaram e desta vez parecem mesmo reais, eu juro que os sinto parece que estou presa neles e mesmo quando acordam não acabam é uma sensação horrível como se não conseguisse respirar. 
           Sinto que algo vai acontecer mas não quero pensar nisso, porque fico pior. Agora as minhas visões não são tão abstractas como antes parecem mais reais e nítidas. Apesar de serem obscuras eu quero sempre saber mais sobre elas e o porque delas. 
           Sempre me disseram que só quem nunca viveu na escuridão não sabe o quão o obscuro é bonito, e bem até é verdade. Não só o obscuro das trevas mas sim o da noite, a magia da noite o brilho misterioso da lua são tudo coisas que eu amo. Acho que até somos parecidas sabes? A lua é misteriosa, há sempre um lado escondido e eu também escondo este grande segredo que é um lado de mim que nunca irá poder ver.  

                                                                          Amy Alexandria Lender " 

Parei de escrever assim que ouvi uma leve batida na porta do meu quarto, rapidamente arrumei aquele caderno e abri a porta vendo a Anne com uma roupa prática e larga parecia que não tinha dormido. 

Era ela e eu. 

Anne - Podemos falar? - Falou enquanto fechava a porta. - 

- Claro. - Sentei-me enquanto ela fez o mesmo na cadeira da minha secretária. - 

Anne - Amy a minha vida está de pernas para o ar, já não sei o que fazer mais. O meu pai bebeu ontem a noite e ainda não voltou.. 

- Sabes o que devemos fazer sinceramente? Sair as duas ir dar uma volta. 

Anne - Não sou a melhor companhia hoje pequena. - Falou carinhosamente. - 

- Nem eu, mas juntas podemos ajudar uma a outra. 

Anne - Não podia pedir uma melhor amiga melhor. 

Abracei-a e rapidamente me desloquei até a casa de banho, vesti um conjunto prático como o da Anne afinal não íamos fazer nada de mais apenas íamos tentar esquecer os nossos problemas, logo não era preciso vestida como se fosse para a passadeira vermelha. 

[http://www.polyvore.com/cgi/set?id=122904070]

Depois de várias voltas encontrava-me num bar com a Anne, não a nossa intenção não era beber. Apenas íamos ficar lá um pouco e relaxar como já não fazíamos a muito devido aos nossos imensos problemas. 


- Eu não sei quanto a ti mas vou buscar qualquer coisa para beber. 

Anne - Não quero nada, já lá vou ter. - Falou alto por causa da música. - 

Movi o meu pequeno corpo entre as pessoas, uma coisa que sempre me irritou bastante foi a minha altura, sempre fui a mais baixa.
A música estava tão alta que eu não conseguia pensar em nada, assim que consegui chegar ao balcão a ideia de não beber apagou-se completamente, eu precisava daquilo. Infelizmente. 

Pedi algo leve, não queria embebedar-me e acordar amanhã sem saber de nada, não gostava disso. Só queria libertar-me e relaxar um pouco, assim que me virei para ir ter com a Anne senti algo gelado escorrer por mim a baixo, era desconfortável. 

Olhei para cima, vendo um rapaz provavelmente só uns dois anos mais velho que eu. Os seus braços estavam repletos de tatuagens e estava a usar umas calças pretas justas, vesti também umas Converse pretas. A sua camisa tinha os primeiros botões desapertados e o cabelo que saia do seu gorro dava-lhe um ar bastante atraente. 

XXX - Desculpa. - Falou tentando não rir da situação. - 

- Não tem mal, isto já seca. - Falei olhando para a camisola que neste momento revelava a cor vermelha do meu sutiã. Acho que fiquei igual a ele. - 

XXX - Worsnop, Danny Worsnop. - Sorriu-me, como o seu sorriso era bonito. - 

- Amy, Amy Alexandria. 

Danny - Nome bonito Alex. 

- Alex? -Arqueei uma sobrancelha. - Nunca ninguém me o tenha chamado antes. 

Danny - A sempre uma primeira vez para tudo, pequena. Queres sair daqui? 

Encarei-o com uma expressão um tanto confusa, não tinha entendido o que ele queria dizer com aquilo, mas também não me importei muito, porque na verdade o que eu queria fazer era sair dali fumar um cigarro e esquecer que sou um monstro. 

Danny - Ir até lá fora, fumar, conversar. Eu não gosto destes ambientes. 

Assenti enquanto caminhávamos por entre as pessoas. 

Sentei-me numa espécie de banco que existia a porta do bar, Danny imitou o meu gesto. 

Danny retirou um maço de cigarros do seu bolso, perguntou se queria, logo aceitei. 
Depois de uma longa travada, olhei o céu as estrelas brilhavam na no alto. Assim fazendo-me lembrar das palavras do meu meu no que constava a esta vida de beber e fumar. 

Encostei a minha cabeça na parede suspirando, estava realmente farta de tudo, nunca me sentia completa com nada nem com ninguém. 

E neste momento sentia-me prestes a desabar ali, a frente de um mero estranho atraente chamado Danny. 

Danny - Passa-se algo Amy? 

- Nada de importante, acho. 

Danny - Os teus olhos dizem precisamente o contrário. 

- O que dizem os meus olhos Danny? - Perguntei olhando-o nos olhos, vendo o azul mais puro que alguma vez tinha visto. - 

Danny - Dizem que estás morta por dentro, eu sei o como é Alex. - Olhei-o virando o meu corpo para ele. - Como é acordar e sentires-te morta por dentro olhares o espelho e odiares aquilo que vês. 

Abracei-o, não sei se era do álcool ou do momento mas era aquilo que eu precisava de estar assim nos braços de alguém. E posso dizer que os dele eram bastante acolhedores, era como se o meu pequeno corpo fosse feito para encaixar no dele. 

O frio da noite fez-me tremer um pouco mesmo estando quente nos seus braços, deitei a minha cabeça no seu peito respirando lentamente. 

Danny - Diz-me onde moras, tenho de te levar a casa. 

Assenti, dizendo onde morava meio ensonada ainda. Durante o caminho senti-me um pouco mal-disposta mas nada que uma boa noite de sono não resolva. Antes de sair, trocamos os nossos números. 

_____ 

Podem dar-me uma opinião? Gostam? Não gostam? 
Vá meninas ação!! 

sábado, 17 de maio de 2014

GHOSTS

Third Chapter - Ride 

Hoje o dia começou da pior forma possível, sempre que as visões ou os pesadelos voltavam o Alan tratava-me como uma criança ou pior. 

O Austin não estava em casa pelo que o Alan me contou ele tinha ficado na casa da Clary e ainda não tinha voltado.

Estava um pouco farta de ouvir o Alan a falar sobre a mesma coisa, os meus problemas. Eu amo-o com todo o meu coração, ele é o meu irmão, a minha única família, mas se havia algo nele que me irritava era a sua protecção. Mas também o entendia, ele tinha medo de me perder. 

- Tenho de ir Alan, a Anne não pode voltar a ficar sozinha. - Levantei-me dando-lhe um beijo na bochecha. - 

Alan - Cuidado Amy! - Gritou enquanto saia. - 

Ajeitei o casaco e fechei-o, estava um pouco de frio hoje, mas já me tinha habituado pois sempre vivi em regiões gélidas.

Assim que entrei na loja, ouvi a Anne na arrecadação a falar sozinha, parecia chateada logo fui ter com ela coloquei a minha mão no seu ombro. A mesma virou-se e pode ver que estava a chorar. 

- O que se passa Anne? 

Anne - Amy! Como eu precisava de ti. - Falou abraçando-me. - 

- Pronto! Pronto! - Acalmei-a. - Agora podes me explicar o que se passa? - Sentamos-nos nas caixas de cartão, frente a frente. - 

Anne - O meu irmã-ão. - Gaguejou enquanto cobria a face com as suas pequenas mãos. - 

- O que se passa com Dominik?

Anne - Pergunta-me antes o que não se passa Am, ele passou-se de vez. E desta vez é a sério ele diz que temos de sofrer que somos egoístas e não o deixamos ser feliz. - Olhou-me enquanto limpava as lágrimas. - Ontem ligaram para casa a dizer que ele teve uma crise na escola, outra. Os meus pais estão a pensar em internado de vez num hospital psiquiatrico. 

- Mas o problema do Domink não era só com a droga Anne? 

Anne - Eu não sei, em principio sim mas agora parece que também somos nós o problema dele. 

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- Sabes o que eu acho que tu precisas? Ir para casa tomar um longo banho e descansar. Depois falas com a tua mãe e tentam arrasar uma solução. 

Anne - Não te vou deixar aqui sozinha, nem pensar Amy. 

- Eu já faltei ontem, hoje é a tua vez. 

# Same Day, A Bit Later. # 

Agora a Lua iluminava as ruas húmidas de Londres, caminhava calmamente até casa. 
O dia na loja era sempre um pouco cansativo, tinha sempre muito barulho e muitas crianças a pedir para mexer nos cães. 

Perdida nos meus longos e desinteressantes pensamentos sinto um carro a meu lado, olhei para mesmo. 

Era um AudiR8 preto em muito bom estado, quando o vidro desceu pode ver que no lugar do condutor estava o Josh com o sorriso irritante. 

Josh - Quem diria que nos voltaríamos a ver Amy! - Exclamou andando ao meu ritmo. - 

- Quem diria Josh. - Sussurrei. - 

Josh - Boleia? 

- A minha mãe sempre me disse para não aceitar boleias de estranhos? 

Josh - Ora essa! - Fingiu-se ofendido. - Não sou um estranho. Agora entre dou-te um chocolate se entrares! 

Decidi entrar. 

- Não me podes subornar com chocolates, não sou uma criança. 

Josh - Com esse tamanho ninguém diria. - Rimos. - Onde moras? 

- Três quarteirões antes do cemitério. 

O resto da viagem foi calma, assim que cheguei a casa despedi-me de Josh e agradeci-lhe a boleia. 


Assim que entrei em casa vi o Austin na bancada da cozinha a preparar o jantar enquanto o Alan afinava a sua guitarra no sofá. Pareciam cansados. 

Austin - De quem era aquele carro? 

- Do Josh. - Falei enquanto entrava no quarto. - 

Austin - Que Josh Ams? - Falou entrando disparado no meu quarto. - 

- Um conhecido. - Sorri. - Ninguém importante Austin. 

Austin - Acho bem que assim seja. 

Não dormi a noite inteira, as visões voltaram e mais fortes que nunca incapacitando-me de uma necessidade básica dormir. 

Os gritos imaginários ecoavam na minha cabeça, as imagens estranhas, tudo me assustava e desta vez parecia que me queriam dizer algo, algo que eu não queria saber. 

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Depois de muito sacrifício apertei a minha camisa na cintura e sai do quarto, na sala estavam o Alan e o Austin deitados no chão a jogar qualquer coisa, sentei-me no sofá vendo-os ficando perto deles porque ali eu sabia que me sentia segura. 



sexta-feira, 16 de maio de 2014

Ela era o tipo de rapariga que olhava para baixo quando se sentia observada, ela era o tipo de rapariga que andava sempre de All Star. O género de rapariga que nem sempre o sorriso era verdadeiro. O tipo de rapariga que estava sempre corada, que tinha pouco experiência com o sexo oposto, mas acima de tudo o tipo de rapariga que amava com o seu coração inteiro. 

E ele? 
Ele era tudo o que ela não podia ter, o rapaz por quem ela não se queria apaixonar, o rapaz misterioso. 


sábado, 3 de maio de 2014

GHOSTS

Second Chapter - The Past.. 

- 2 December, 2pm -  

Hoje, dia dois de Dezembro, faz 3 anos que a minha mãe morreu. Uma parte de mim já não está mais viva... E cada dia que passa casa vez me sinto mais morta. 

Como se já não tivesse força para aguentar mais nada, apenas Alan sabe da verdade, sobre a visões, os pesadelos, as premonições os outros não acreditaram em mim os meus pais morreram a pensar que eu era louca. Pois porque de todos os psicólogos que fui todos disseram que eu necessitava de chamar a atenção, mas eles não sabiam de nada. 

Desde pequena que via coisas que mais ninguém via, se eram demónios? Fantasmas? Nem eu mesma sei, nunca soube bem porque nasci assim diferente dos outros, diferente do Alan, do Austin de toda as pessoas. 

Rapidamente vi os portões do cemitério, estava literalmente vazio, como sempre. 
Caminhei lentamente até a campa da minha mãe e sentei-me perto da mesma, abracei os meus joelhos e deitei a minha cabeça neles. Não que eu não quisesse mas era impossível não chorar naquele momento. 

Sentia-me vazia, sozinha e sem força para mais nada, naquele momento eu não queria saber de nada a minha vida poderia acabar agora. 
A chuva fez questão de cair, ignorando-a mantive-me no meu lugar sem me mexer. 

- Josh Point Of View. - 

Boa só me faltava chuva para piorar o meu dia, nem sabia o que estava a fazer no cemitério, afinal ele o homem que chamei de pai não merecia que eu aqui estivesse.. Mas algo me fez vi aqui. 

Procurei a sua campa, até que algo chamou a minha atenção um corpo deitado perto de uma campa, aproximei-me mais até poder ver que era a Amy. 

Parecia tão frágil, como na última noite, abanei o seu corpo vendo-a acordar um pouco assustada. 

- Está tudo bem? - Perguntei ajudando-a a levantar-se. - 

Amy - S-Sim.. - Gaguejou, devido ao frio que se instalava no cemitério. - 

- Não, tu estás a tremer. 

Amy - Josh, eu estou bem. Só tenho de ir para casa. - Falou afastando-se de mim. - 

Mas quem ela pensa que é para me virar as costas? Para me deixar sozinho ali, afinal eu só a queria ajudar. 

- Precisas de ajuda, não vais conseguir chegar a casa sozinha.. - Falei agarrando-a no pulso. - 

Amy - Não me toques. - Afastou-se de mim. - Já disse que vou sozinha. 

- Como quiseres, boa sorte com isso Amy.  

- Amy Point Of View. - 

O frio instalava-se pelo meu corpo dificultando a minha capacidade de andar, já só faltava um pouco e assim que o alcancei entrei no prédio, tentei correr e assim que cheguei a casa abri a porta ignorando as perguntas do Austin e do Alan. 

Não era uma boa altura. 

Quando entrei no meu quarto, depois de ter trancado a porta despi completamente a roupa molhada que tinha vestida e colada no meu corpo. 

Vesti algo prático e quente para dormir, não fazia questão de jantar eu não queria ver ninguém muito menos aturar as perguntas do Alan e do Austin. 

[http://www.polyvore.com/cgi/set?id=120972015]  

Apenas destranquei a porta, por segurança, e deitei-me na minha cama tentando adormecer. 

- Some Hours Later. - 

Não de novo, não estes sonhos a assombrar-me de novo. Senti os braços do Alan a volta da minha cintura, deitei a minha cabeça no seu peito, abraçando-o de volta. 

Alan - Já passou, Amy já passou... 

- Não Alan, não foi só um sonho desta vez.. 

Alan - Claro que foi, Amy.. 

- Não Alan.. - Falei enquanto as lágrimas caiam. - As visões, os pesadelos está tudo a voltar outra vez... 

Alan - Nós vamos arranjar uma solução para tudo mana, vai acabar tudo bem.. 

- Alan, eu não te quero perder não me deixes sozinha por favor.. - Apertei-o contra mim, eu não o podia perder era a única pessoa que eu tinha. - 

Alan - Amy! - Largou-me fazendo-me olha-lo nos olhos. - Eu não vou a lado nenhum, vou estar sempre aqui para ti. Como quando éramos mais novos. 

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Gostam meninas? O que acham?