segunda-feira, 14 de abril de 2014

ANGELS - prólogo

1865, October. 
London 

Eu senti-a, ela estava atrás de mim. O seu cheiro logo invadiu a pequena sala. 
Observava a chuva atentamente enquanto ela caia sobre aquela janela, as suas pequenas mãos vieram ao encontro da minha cintura, pousou a sua cabeça na curva do meu pescoço, senti-a a sua respiração calma fria e calma contra a minha pele quente, arrepiava-me. 

Ela estava em perigo, não queria que os anciões lhe fizessem mal. Ou pior mata-la. 
Porque sempre sem ela não seria nada, não conseguira acordar e levantar-me porque ela não estaria lá. Era tudo sobre ela, e eu sabia que ela era frágil, insegura e verdadeira, era a alma mais pura que alguma vez vira, sem ela sabia que não conseguia viver. 

Amaldiçoaram-me a ver a pessoa que mais amo morrer sempre, isso iria-se repetir todas as vezes e eu não poderia fazer nada para evitar tal. 




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