1865, October.
London
Eu senti-a, ela estava atrás de mim. O seu cheiro logo invadiu a pequena sala.
Observava a chuva atentamente enquanto ela caia sobre aquela janela, as suas pequenas mãos vieram ao encontro da minha cintura, pousou a sua cabeça na curva do meu pescoço, senti-a a sua respiração calma fria e calma contra a minha pele quente, arrepiava-me.
Ela estava em perigo, não queria que os anciões lhe fizessem mal. Ou pior mata-la.
Porque sempre sem ela não seria nada, não conseguira acordar e levantar-me porque ela não estaria lá. Era tudo sobre ela, e eu sabia que ela era frágil, insegura e verdadeira, era a alma mais pura que alguma vez vira, sem ela sabia que não conseguia viver.
Amaldiçoaram-me a ver a pessoa que mais amo morrer sempre, isso iria-se repetir todas as vezes e eu não poderia fazer nada para evitar tal.
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