domingo, 27 de abril de 2014

GHOSTS

Ela tinha um dom, ele um passado escuro e sangrento. Ela tinha visões obscuras via coisas que mais ninguém conseguia ver. 

First Chapter - Almost 

O som do despertador fez-me revirar na cama, lentamente retirei um braço da cama e desliguei-o. Sentei-me na mesma observando o dia de inverno que decorria lá fora. 

Sai da cama em passos pequenos, o frio no quarto fazia com que eu quisesse voltar para o calor da minha amigável cama mas eu não podia. Enquanto escolhia o que usar ouvia o Austin e o Alan a conversar, ou melhor a gritar e a rir, pareciam animais. 

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Depois da morte dos nossos pais eu e o Alan mudamos-nos de Londres para aqui, Pensilvânia a nossa cidade Natal. Sempre vivi com o meu irmão e o seu melhor amigo, Austin. Somos como uma família, e eu gosto assim. 

O Alan toca numa pequena banda, o Austin tem um bar e eu trabalho numa pequena loja de animais com a Anne a minha melhor amiga. 

Austin - Amy chega aqui rápido! - Ouvi-o gritar mal sai do quarto, caminhei até a cozinha onde eles se encontravam. - 

- Sim Austin? 

Austin - Preciso de ti está noite lá no bar. 

- Porque eu? O Alan não pode? 

Alan - O Alan está fora desses assuntos querida irmã. 

Austin - O dinheiro que fizeres fica para ti. 

- Mas e tu? Eu não quero ficar lá sozinha no meio de homens bêbados! - Argumentei. - 

Alan - Eu vou estar lá contigo meio-metro, ninguém te vai fazer mal. 

- Austin, porque que tenho de ser eu? 

Austin - Porque hoje eu e a Clary vamos celebrar o nosso 7º ano juntos. - Sorriu, fazendo com que eu e o Alan revirasse-mos os olhos. - 

Alan - Que ridículos. - Riu-se pegando no saco da guitarra preparando-se para sair. - 

____________

Eu nunca gostei de ambientes com álcool, talvez pelo facto do meu pai ter sido alcoólico, nem do fumo dos cigarros. Mas o bar do Austin era um dos mais populares desta zona, vinham cá pessoas de todos os géneros, e as vezes era um pouco assustador. 

Alan - Amy! - Ouvi-o chamar-me, aproximei-me dele para o ouvir melhor devido a música. - Eu vou ter de me ir embora o pessoal precisa de mim. 

- Alan, eu não quero ficar aqui sozinha no meio destes homens, tenho medo. 

Alan - Amy! Quantas vezes já não ajudas-te o Austin? Nunca aconteceu nada eles sabem que és minha irmã e vão te respeitar. 

Revirei os olhos e vi-o sair do bar, sabia que ia ser uma longa noite aqui. Só queria poder sair daqui e voltar para casa, não e sentia bem com os olhares destas pessoas postos em mim, miravam-me com atenção. Eram homens e mulheres estranhos, ou então eram só filmes da minha cabeça. 

Depois de atender todas as mesas voltei para o balcão onde estava um rapaz, não lhe dava mais que vinte e três anos, tinha os braços cobertos de tatuagens, sempre vivi perto desde mundo então desde pequena que adoro tatuagens, ele tinha olhos azuis e mesmo no meio daquele fumo via-se o azul puro dos seus olhos. 

Enquanto atendia um homem perto dos seus quarenta e cinco anos, sentia o seu olhar a queimar em mim, de uma maneira muito discreta olhei-o vendo que ele me olhava de uma maneira misteriosa como se estivesse a adivinhar o tamanho de todas as minhas peças de roupa. Estava tudo vestido de preto e do seu lado esquerdo havia um casaco de couro preto, se quisesse descrever a sua face a melhor descrição provavelmente seria a de um anjo. 

Pareciam horas, mas foram só alguns segundos enquanto o meu olhar ficou preso no dele, voltei a dar atenção ao tal cliente. 
Senti-a o seu cheiro a tabaco misturado com álcool, a sua voz era arrastada, fiquei com um pouco de medo pois o bar estava tecnicamente quase vazio. 

XXX - Oh boneca arranja outra destas.

- Eu peço desculpa mas não lhe posso servir mais nada, vamos fechar. 

XXX - Estás com pressa é gatinha? - Levantou-se vindo ao meu encontro, as suas mãos tocaram na minha cara. - Eu não, nenhuma. - Falou olhando-me de uma maneira suja. - 

XXX2 - Deixa Phil. 

O rapaz do casaco de couro, do qual não sei o nome, estava atrás do homem o seu ponho estava cerrado e eu temia o pior. 
Fechei os olhos e tentei soltar-me assim que o outro homem embriagado me tentava tocar. 

XXX2 - Já disse para a deixares, larga-a. - Falou novamente a sua voz era grave e rouca. - 

Dentro de minutos o outro homem já não se encontrava no bar, fechei-o ficando apenas eu e o outro rapaz. 

- Obrigada. - Agradeci enquanto abria uma garrafa de água. - 

XXX2 - Que espécie de pessoa seria eu se não defendesse uma menina em apuros. - Sorriu amavelmente. - Josh. 

- A-Amy. - Gaguejei.- 

Mas porque raio eu gaguejei? 

Josh - A-Amy, que original. 

segunda-feira, 14 de abril de 2014

ANGELS - prólogo

1865, October. 
London 

Eu senti-a, ela estava atrás de mim. O seu cheiro logo invadiu a pequena sala. 
Observava a chuva atentamente enquanto ela caia sobre aquela janela, as suas pequenas mãos vieram ao encontro da minha cintura, pousou a sua cabeça na curva do meu pescoço, senti-a a sua respiração calma fria e calma contra a minha pele quente, arrepiava-me. 

Ela estava em perigo, não queria que os anciões lhe fizessem mal. Ou pior mata-la. 
Porque sempre sem ela não seria nada, não conseguira acordar e levantar-me porque ela não estaria lá. Era tudo sobre ela, e eu sabia que ela era frágil, insegura e verdadeira, era a alma mais pura que alguma vez vira, sem ela sabia que não conseguia viver. 

Amaldiçoaram-me a ver a pessoa que mais amo morrer sempre, isso iria-se repetir todas as vezes e eu não poderia fazer nada para evitar tal.