O Sol batia no vidro, aquecendo a minha cara e incapacitando-me de dormir. Remexi-me na cadeira, sentindo o meu corpo dorido e dormente. Do outro lado da janela podia contemplar uma paisagem bastante diferente da que estava habituada a ver. Não havia arranha céus, e carros barulhentos, muito menos a correria de uma cidade. Twin Monns Hills tinha uma atmosfera diferente, as ruas eram escuras e húmidas. O ambiente era perigoso, perigosamente bonito.
Assim que o comboio entrou na estação e parou, as pessoas começaram rapidamente a levantar-se indo em direção da porta de saída, fiz o mesmo.
O interior da estação era antigo, fazia lembrar os filmes dos anos 90, e se não vir nenhum rato até a saída irei ficar bastante surpreendida. Ri com o meu pensamento.
Assim que sai, uma corrente de ar frio invadiu a minha cara, deixando o meu cabelo voar livre ao vento. Não sabia por onde ir, não sabia para que lado ficava norte nem sul. Não queria descrever a minha situação atual como perdida, pois eu não me sentia perdida, naquele momento em finalmente me sentia em casa. Suspirei olhando os dois caminhos da rua, que parecia desaparecer no horizonte de tão grande, suspirar nos últimos tempos tornou-se algo bastante regular. Sem torturar muito a minha mente, decidi escolher o lado direito e seguir a estrada. Aqui o tempo era muito mais frio, e a minha roupa de outono não era apropriada. Pelas poucas pessoas que passei, algumas olharam-me com curiosidade, outras com desdém e algumas sussurraram sobre mim, estranhamente alto, como se eu não ouvisse. Sinceramente não estranhem, Twin Moons Hills é uma terra pequena, e como se costuma dizer, numa cidade pequena todos se conhecem e todos apoiam a equipa.
Mais a frente, depois de algum tempo a caminhar, avistei um sinal onde nele se via escrito Moons Motel com letras vermelhas e algumas luzes, metade delas estavam fundidas e algumas letras pareciam estar soltas. Os meus olhos provavelmente saltaram com a ideia de uma cama, para dormir, cama esta que provavelmente não estava feito de lavado mas agora isso não era importante. Uma cama era muito melhor que uma cadeira de comboio.
Entrei no edifício, onde apenas se encontrava uma senhora já velha na recepção. O seu cabelo estava perfeitamente amarrado no topo da sua cabeça, e a sua roupa estava limpa. Assim que a senhora levantou o seu olhar para me atender, a sua pele ficou mais pálida do que já era, e aposto que ficou com pele de galinha. Olhou-me como se tivesse acabado de ver um fantasma. Como se tivesse morrido e agora estivesse aqui. Tentei não demonstrar o quão fiquei abalada com a situação.
Poucas palavras foram trocadas enquanto tratava de todas as burocracias comuns e banais para alugar um quarto num motel. Assim que recebi a chave, procurei pelo número desta. Depois de uma caminhada, que parecia não ter fim, encontrei o quarto onde nele estava gravado o número 6667, adentrei o pequeno quarto. Atirei nada carinhosamente a mochila que trazia para cima da cama, fazendo esta ranger. Na parede havia um papel de parede antigo em tons verdes escuros, e um espelho sujo e com algumas rachaduras. Confesso que não era o melhor ambiente, e que o quarto não estava propriamente limpo. Mas também era só por algumas noites, até arranjar um sítio melhor onde ficar.
Despi a roupa preta que tinha no corpo, que se resumia a preto. Admirei o meu corpo no espelho, não media mais de um metro e sessenta, sim era baixa. O meu cabelo castanho claro batia um pouco acima da minha cintura, as minhas pernas eram pequenas e um pouco finas. Normalmente não observava o meu corpo durante muito tempo, pois não me sentia muito confortável para o fazer. Mas agora, porque não. Peguei na minha mochila retirando a primeira roupa em que toquei, não havia problema de não combinar, visto que a maioria era preta.
Assim que o comboio entrou na estação e parou, as pessoas começaram rapidamente a levantar-se indo em direção da porta de saída, fiz o mesmo.
O interior da estação era antigo, fazia lembrar os filmes dos anos 90, e se não vir nenhum rato até a saída irei ficar bastante surpreendida. Ri com o meu pensamento.
Assim que sai, uma corrente de ar frio invadiu a minha cara, deixando o meu cabelo voar livre ao vento. Não sabia por onde ir, não sabia para que lado ficava norte nem sul. Não queria descrever a minha situação atual como perdida, pois eu não me sentia perdida, naquele momento em finalmente me sentia em casa. Suspirei olhando os dois caminhos da rua, que parecia desaparecer no horizonte de tão grande, suspirar nos últimos tempos tornou-se algo bastante regular. Sem torturar muito a minha mente, decidi escolher o lado direito e seguir a estrada. Aqui o tempo era muito mais frio, e a minha roupa de outono não era apropriada. Pelas poucas pessoas que passei, algumas olharam-me com curiosidade, outras com desdém e algumas sussurraram sobre mim, estranhamente alto, como se eu não ouvisse. Sinceramente não estranhem, Twin Moons Hills é uma terra pequena, e como se costuma dizer, numa cidade pequena todos se conhecem e todos apoiam a equipa.
Mais a frente, depois de algum tempo a caminhar, avistei um sinal onde nele se via escrito Moons Motel com letras vermelhas e algumas luzes, metade delas estavam fundidas e algumas letras pareciam estar soltas. Os meus olhos provavelmente saltaram com a ideia de uma cama, para dormir, cama esta que provavelmente não estava feito de lavado mas agora isso não era importante. Uma cama era muito melhor que uma cadeira de comboio.
Entrei no edifício, onde apenas se encontrava uma senhora já velha na recepção. O seu cabelo estava perfeitamente amarrado no topo da sua cabeça, e a sua roupa estava limpa. Assim que a senhora levantou o seu olhar para me atender, a sua pele ficou mais pálida do que já era, e aposto que ficou com pele de galinha. Olhou-me como se tivesse acabado de ver um fantasma. Como se tivesse morrido e agora estivesse aqui. Tentei não demonstrar o quão fiquei abalada com a situação.
Poucas palavras foram trocadas enquanto tratava de todas as burocracias comuns e banais para alugar um quarto num motel. Assim que recebi a chave, procurei pelo número desta. Depois de uma caminhada, que parecia não ter fim, encontrei o quarto onde nele estava gravado o número 6667, adentrei o pequeno quarto. Atirei nada carinhosamente a mochila que trazia para cima da cama, fazendo esta ranger. Na parede havia um papel de parede antigo em tons verdes escuros, e um espelho sujo e com algumas rachaduras. Confesso que não era o melhor ambiente, e que o quarto não estava propriamente limpo. Mas também era só por algumas noites, até arranjar um sítio melhor onde ficar.
Despi a roupa preta que tinha no corpo, que se resumia a preto. Admirei o meu corpo no espelho, não media mais de um metro e sessenta, sim era baixa. O meu cabelo castanho claro batia um pouco acima da minha cintura, as minhas pernas eram pequenas e um pouco finas. Normalmente não observava o meu corpo durante muito tempo, pois não me sentia muito confortável para o fazer. Mas agora, porque não. Peguei na minha mochila retirando a primeira roupa em que toquei, não havia problema de não combinar, visto que a maioria era preta.
Sem comentários:
Enviar um comentário