domingo, 29 de março de 2015

1 CAPÍTULO DE UM PROJECTO SEM NOME AINDA

A noite acabara de cair. As estrelas brilhavam no céu com alguma dificuldade devido as nuvens, que queriam abrir. Estava sozinha em casa, milagrosamente. Já havia suspirado umas cem vezes num espaço de minutos, os meus pés embatiam no chão velho de madeira criando um barulho, um pouco irritante. Os meus dedos estavam manchados de tinta, e estava rodeada de papeis amachucados, nenhuma destas cartas parecia suficientemente boa para deixar e partir, mas não deve haver uma carta perfeita onde nela declaro que fugi e não quero que me procurem. 
Depois de um tempo e de mais algumas folhas espalhadas no chão, deixei um papel em cima da minha cama. Olhei mais uma vez aquele quarto e despedi-me mentalmente deixando uma lágrima fria e solitária escorrer pela minha cara, rapidamente a limpei. Havia prometido não chorar, não podia ser fraca ao ponto de voltar para aquele pesadelo. 


"Mãe o que estou prestes a fazer é o ato mais egoísta que já fiz, desculpa-me por isso, por te abandonar, mas eu preciso de sair daqui. Eu preciso de respirar e não sentir que estou prestes a morrer. Eu quero não ter medo, e além do mais eu quero ser feliz, ser amada. Não te questiones por favor. Só quero que saibas que estou bem, quando sentires saudades podes abraçar a minha almofada ou então podes olhar para o céu, eu vou estar lá, e vou estar na tua mente, alma, e coração. Para sempre. 
Se algum dia me quiseres procurar, se quiseres vir atrás de respostas, não te canses. Nem leias esta carta muitas vezes pois não vais encontrar nada escondido nas entre-linhas. Se me quiseres encontrar não teras de pensar muito, sim estou longe, mas vive como se eu estivesse do teu lado. Sempre. 

Amo-te mãe. 

   Mary Lovejoy." 


Depois de fechar, pela última vez, a porta daquela casa, desci as escadas rapidamente não queria que ninguém me visse. A noite estava fria, o vento cortava a minha pele arrepiando-me. Aprecei o meu passo até a estação de comboio, quando a minha vez chegou um senhor de idade média atendeu-me com um sorriso amistoso e umas bochechas coradas. 

"Para onde a menina deseja ir?" 

"O fim da linha, o mais longe possível" Respondi. A minha voz soou fria e amarga. Suspirei assim que recebi o bilhete onde nele se encontrava escrito Twin Moons Hill. Sorri mentalmente, gostei do nome. 

Faltava cerca de dez minutos para o comboio passar. As minhas mãos estavam frias, e parecia que todo o ar havia sido retirado dos meus pulmões para não falar do aperto gigante que tinha no peito e do nó que tinha na garganta.
O tempo não passava e parecia que até os mais ínfimos barulhos soavam como uma orquestra, sentia o meu coração bater como se estivesse perto do fim. Uma luz na escuridão da linha apareceu, e as poucos pessoas que estavam a espera levantaram-se, assim como eu, suspirei um pouco alto e entrei. Talvez por estar distraída, ou por apenas encarar o chão e não olhar para o que me rodeava não tenha visto a pessoa com que acabara de embater, o meu ombro ardeu, e rapidamente olhei para cima para me desculpar. O estranho com que havia embatido, era surrealmente sinistro, sinistramente bonito. Mas antes que pode-se falar a sua voz sussurrante cortou-me. 

"Não fugas pequena, o mundo é um lugar perigoso para meninas como tu"

Sentia-me envergonhada, senti que a minha alma fora despida. Toda a minha pele se arrepiou, aposto que as minhas bochechas tinham acabado de ganhar uma cor rosada além de os meus joelhos tremerem. O seu olhar pousava em mim atentamente, como se esperasse uma resposta para a qual eu não tinha palavras. Sorria como se tivesse acabado de descobrir todos os meus segredos, e eu juro que naquele momento não consegui respirar. Afastei-me e entrei no comboio vendo as portas deste fecharem-se na minha frente. Aqueles segundas pareceram horas de tortura na minha mente.
Adentrei o comboio, caminhando até encontrar um lugar afastado o suficiente de todos. Não que me quisesse isolar, apenas naquele momento precisava do meu tempo e do meu espaço. 
Do outro lado da janela via a cidade onde cresci ser apagada no horizonte. Era melhor assim, eu não pertencia aquele lugar. Nunca me senti em casa lá. Sempre que penso na minha mãe o meu coração aperta, e parece que o ar desaparece. Eu vou sentir tanto a falta dela. Mas eu já não aguentava mais vê-los, ouvi-los, eu já não conseguia respirar direito naquela casa. Precisava de ar, sempre que fechava os olhos e me imaginava feliz, imaginava-me longe deste lugar. Imaginava-me num prado com relva fresca e alta com algumas flores e um pôr-do-sol magnifico. Imaginava poder ver todos aqueles sítios que via nos cartões postais, mas nunca os havia visto. A minha mãe, Tina, como gosta que lhe chamem, apelidou-me de forasteira em pequena. O que é demasiado irónico agora, porque neste momento nada me descreve melhor do que essa palavra. Forasteira



Fechei os olhos, não para dormir, apenas para me abstrair de tudo e todos. Um último suspiro de sofrimento escapou pela minha boca antes de deixar para trás tudo o que conhecia. 

sexta-feira, 27 de março de 2015


Mãe o que estou prestes a fazer é o ato mais egoista que já fiz, desculpa-me por isso, por te abandonar, mas eu preciso de sair daqui. Eu preciso de respirar e não sentir que estou prestes a morrer. Eu quero não ter medo, e além do mais eu quero ser feliz, ser amada. Não te questiones por favor. Só quero que saibas que estou bem, quando sentires saudades podes abraçar a minha almofada ou então podes olhar para o céu, eu vou estar lá, e vou estar na tua mente, alma, e coração. Para sempre. 
Se algum dia me quiseres procurar, se quiseres vir atrás de respostas, não te canses. Nem leias esta carta muitas vezes pois não vais encontrar nada escondido nas entre-linhas. Se me quiseres encontrar não teras de pensar muito, sim estou longe, mas vive como se eu estivesse do teu lado. Sempre. 

Amo-te mãe. 
   Juptier Young.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Angie estava sentada no meio da minha cama, brincava nervosamente com o bordado inglês do seu vestido azul marinho. A chuva lá fora continuava intensa, inundando as ruas e dando um ar ainda mais sombrio e húmido ao ambiente. 
Sabia que iria ser complicado passar a noite sem tocar ou beijar a Angie. 
Por muito que quisesse, não consiga conter o desejo de a ter. O seu cheiro fresco estava por todo o lado.

"Devias descansar" Sorri sentando-me a seu lado.

"Onde vais dormir?" Angie perguntou brincando com o colarinho da minha camisa, enlouquecendo-me.

"Onde queres que durma pequena?" Puxei Angie para mais perto, deixando-a sem reação.

Os seus lábios carnudos avermelhados estavam entreabertos, demasiado próximos dos meus, sentia a sua respiração fria contra a minha pele e isso fazia com que fosse ainda mais complicado controlar-me e não a deitar naquela cama e fazê-la minha, ali e agora.

"Ainda não respondeste a minha pergunta amor" Ronronei contra a pele sensível do seu pescoço, deixando-a arrepiada.

"Fica comigo" Angie falou e se não estivéssemos tão próximos provavelmente não a ouviria.

"Repete anjo" Decidi brincar com ela, beijei o seu maxilar fazendo uma trilha de beijos molhados até a sua clavícula, sugando a pele da mesma deixando-a vermelha. No fim ouvi apenas um doce gemido de Angie.

"Por favor fica comigo" Angie repetiu com a sua respiração acelerada.


Perdi a noção do certo e errado, do norte e do sul. Já nada importava mais. Peguei na Angie colocando-a no meu colo, o seu vestido subiu destapando as suas coxas pálidas, agarrei a sua cintura, e as suas pequenas mãos rapidamente foram parar até ao meu pescoço. Encostei a minha testa na sua, e rocei os nossos lábios na espera que ela avançasse, apesar de saber que ela não o faria, Angie era inocente demais para isso, e é isso que me e excita mais nela, que me faz perder o controlo. Num pequeno gesto apertei a cintura de Angie fazendo com que a mesma se mexesse roçando-se sobre o meu membro já duro. Assim que o sentiu gemeu novamente e mais alto.

"Chris" Angie gemeu remexendo-se novamente sobre mim, e só eu sei como foi bom ouvi-la gemer o meu nome.

"Angie" Grunhi contra o seu pescoço, devido à pressão que ela acabara de fazer sobre o meu membro ereto.

Beijei o seu pescoço sugando e mordendo a sua pele arrepiada. Desci até perto do seu peito o que fez com que Angie arqueasse as costas e inclinasse a a cabeça para trás. Deixei um rasto de beijos molhados na sua pele, chupei a sua pele fazendo-a gemer alto e remexer-se inquietamente no meu colo.

"Deixas-me fora de mim Angie" Sussurrei perto do seu ouvido lambendo a pele do seu pescoço levemente marcada.

Angie tomou iniciativa e começou a desapertar os botões da minha camisa de flanela. Sorri durante o beijo apertando a sua cintura. As suas mãos foram parar até ao meu peito descendo levemente, quase sem me tocar, até ao meu cinto. Agarrei as suas mãos, parando-a.

"Se continuares eu não vou conseguir parar" Avisei mantendo as suas mãos frias sobre o meu membro

"Talvez eu não queira que pares" Angie gemeu no meu ouvido beijando o meu pescoço.

"O que aconteceu a minha menina inocente?" Ri questionando-a fazendo-a rir também.

"Eu acho que ela desapareceu assim que me puxas-te para o teu colo" Angie falou matreira rindo.

"E eu acho que estamos eu desvantagem amor" Sorri beijando levemente os seus lábios. Para minha surpresa Angie levantou-se um pouco, o que me fez soltar um gemido baixo, e retirou o seu vestido, revelando a sua langerie rosa bebê, suspirei assim que a vi assim despida e vulnerável para mim. Rodei-nos fazendo com que Angie ficasse embaixo de mim. Ao tocar na pele fria de Angie a mesma arqueou as costas ajudando-me a desapertar o seu sutiã. Antes que pode-se contemplar o seu corpo Angie cobriu-se esconde do o seu corpo atrás dos seus finos braços. Lentamente baixei-me e beijei o seu nariz num ato de confiança.

"Não te escondas de mim amor" Lentamente abri os seus braços, revelando o seu peito nu.

"São pequenos Chris" Angie falou num tom baixo.

Puxei-a para mim e beijei-a como se o mundo fosse acabar, entrelacei os meus dedos nos dela e fiz questão que está relaxasse nos meus braços, quando senti o seu corpo mole, avancei, e desci os meus beijos até ao vale entre os seios de Angie, apesar de nervosa Angie soltava pequenos suspiros de prazer. 
As mãos de Angie estavam no meu cabelo, e está puxava-o fracamente. Desci a minha mão até as cuecas de Angie, puxando-as levemente pelas suas pernas.

"Chris" Angie gemeu assustada.

"Não te vou magoar, não tenhas medo" Sussurrei beijando o seu pescoço. "Além disso, vais amar" Com uma mão afastei as pernas de Angie, deixando-a exposta para mim. Levei dois dedos até a sua intimidade, massajando-a, fazendo pequenos círculos sobre o seu clitóris, Angie arqueou as costas com esta nova sensação prazerosa. Sorri com a sua inocência. Ela estava tão molhada, e era tão bom saber que fui eu que a deixei assim.

"Tão molhada" Ronronei contra a sua boca entreaberta, beijando intensamente depois. "Quem te deixou assim meu amor?" Perguntei acelerando os meus movimentos.

Angie gemeu em resposta, arqueando as suas ancas a procura de mais contacto.

"Quem foi?" Perguntei parando de lhe tocar, Angie soltou um grunhido em protesto.

"Tu Chris, apenas tu" Angie quase gritou encostando a sua cabeça no meu ombro, beijando o mesmo.

Removi as minhas calças rapidamente e de seguida os boxers. Aproximei-me de Angie, e fiz questão que a mesma enrolasse as suas pernas em volta da minha anca, abrindo-as mais do que antes. Senti o meu membro tocar na sua entrada, o que me fez gemer alto.

"Se te magoar, ou se quiseres que pare avisa-me Angie" Beijei-lhe os lábios como se ela fosse de vidro. Angie anuiu com a cabeça nervosa enquanto mordia o lábio inferior.

Num movimento rápido mas cuidadoso, penetrei Angie pela primeira vez. Sentindo a sua inocência sendo roubada por mim, e por muito egoísta que pareça, soube-me maravilhosamente bem. 
Uma das mãos de Angie fincava as unhas nas minhas costas, já a outra apertava o meu bíceps. Os seus olhos estavam fechados, e as suas pestanas um pouco molhadas. 

Movimentei-me lentamente tentando aliviar a dor de Angie, a mesma rapidamente respondeu ao meu gesto arqueando as costas, encostando o seu peito no meu e gemendo alto, e desta vez não de dor.

"Chris" Angie gemeu, puxando levemente os meus fios de cabelo.

"És tão apertada bebê" Grunhi fincando a minha cabeça no seu ombro, chupando a pele do mesmo. As minhas mãos viajavam pelo seu corpo, achando por parar no seu rabo, apalpando o mesmo.

"Chris! Ahh" Angie quase gritou remexendo-se nos lençóis, acelerei os meus movimentos.

"Vêm-te para mim meu amor" Gemi, sentindo o meu orgasmo próximo.

Depois de alguém tempo, quando finalmente havíamos recuperado a nossa respiração, puxei Angie para perto de mim, beijando carinhosamente cada chupão que lhe havia feito, tentando não fazer mais nenhum.

"Devíamos tomar um banho" Angie sugeriu brincando com o meu cabelo completamente despenteado.

"Proposta aceite" Ri, pegando nela ao colo, caminhando até ao quarto de banho. Assim que a temperatura se encontrava amena, entramos.

"Magoei-te" Questionei enquanto abraçava Angie, e deixava a água correr sobre os nossos corpos.

"Só um pouco. Mas é normal" Angie sorriu contra o meu peito desenhado pequenas espirais como de costume.

Assim que terminamos, emprestei uma das minhas camisas quentes, e um boxers lavados, vesti uns também.

"Amo-te" Angie disse a medida que se enroscava no meu peito, colocando uma perna sobre as minhas.

"Também te amo" Sorri observando a noite fria de inverno através da janela.

"A lua é tão bonita" Angie falou baixo. "A minha mãe costumava contar-me histórias sobre a lua. Ela dizia que quando eu me sentisse sozinha para olhar para a lua, e que do outro lado iria ter alguém"
Acariciei o cabelo de Angie à medida que ela falava, ela raramente falava da mãe, sabia que era um assunto complicado para ela.

"Acho que finalmente encontrei essa pessoa" Angie disse antes de adormecer.